Alhures um leitor escreveu que tenho
o hábito de meter o bedelho onde não sou chamado.
Mesmo considerando que, na ocasição,
o leitor confundiu liberdade de expressão do pensamento com opinião
político-partidária, acho que carrego este defeito, principalmente quando se
trata de assunto de minha província.
Opinião todos têm e eu tenho a
minha: se os gestores públicos, em todas as esferas de governo, tivessem receio
da desonra, dariam prioridade máxima à saúde e à educação, até porque a
Constituição da República e as leis orçamentárias são generosas com esses
setores fundamentais da sociedade. Sentir dor é muito difícil; não poder
estudar, mesmo querendo, é degradante.
Alguns blogs da região têm noticiado
que Curaçá vem passando por uma situação de penúria financeira, que resultou no
atraso do pagamento de salários de servidores, inclusive dos professores da
rede municipal de ensino. E isto descambou para duas situações preocupantes: os
professores pararam de ensinar e, em conseqüência, os alunos ficaram impedidos
de estudar.
Presumo que o caso de Curaçá não
seja isolado no contexto dos municípios brasileiros. Não deve ser único e
tampouco adredemente criado pela administração.
Todavia, se a crise financeira de
Curaçá é compreensível, compreensível também deve ser o dever do prefeito de
explicar a situação para os munícipes interessados e engendrar uma forma legal
de resolver a questão dos salários atrasados. Não compreensível é esquivar-se
de fazê-lo, o que também não sei se é o caso.
Imagens valem por si sós, desde que
não sejam montadas. E eu vi imagens de professores em passeatas pelas ruas de
Curaçá, independentemente do que dizem os blogs. E a presunção aqui não pode
ser outra: o fato existe.
Em artigo publicado no Boletim
Curaçá em 23/07/2012 com o título Curaçá, seus candidatos e
os planos de governo, eu dizia que Carlos Luiz Brandão Leite,
descendente de respeitável e tradicional família de Patamuté, tem boa origem e
linhagem, tanto do lado paterno, quanto da estirpe materna. Filho de mãe
professora, que muito entende de educação, traz em seu favor a
irrepreensibilidade do caráter e a honradez familiar.
Continuo com a mesma impressão, até
prova em contrário.
Neste crepúsculo de governo, o
mínimo que os munícipes de Curaçá esperam é uma explicação, mais do que
isto, o apoio solidário do prefeito à classe de seus servidores.
Pergunto: que situação é esta, senhor prefeito?
Por >>> araujo-costa@uol.com.br
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