O deputado estadual soldado Prisco pede a prisão do
governador do Estado, Rui Costa, e do comandante-geral da PM, Anselmo Alves
Brandão, por descumprimento da ordem judicial de reintegrá-lo aos quadros da
Secretaria de Segurança Pública. O pedido foi protocolado no Tribunal de
Justiça do Estado da Bahia (TJBA) na manhã de terça-feira (8), depois que o
parlamentar teve, mais uma vez por unanimidade, o pedido de reintegração
provido por desembargadores do TJBA.
A última decisão ocorreu na última sexta-feira
(05/03), quando foi julgado o recurso do Governo do Estado, cuja defesa oral
foi realizada pela advogada do parlamentar, Marcele Maron. “Mais uma vez o
Governo do Estado descumpre a decisão judicial. Conforme explicou minha
advogada, não há outros meios legais senão solicitar à Justiça a prisão do
Governador e do comandante-geral”, analisou o deputado. O parlamentar foi
demitido em 2002, após movimento reivindicatório de 2001, por um ato de
arbitrariedade do Estado à época.
Em 2010, a Lei de anistia reintegrou todos os
militares que foram punidos por participar de movimentos por melhorias para os
trabalhadores, com exceção dele. “A Bahia foi o único Estado do Brasil que não
cumpriu a Lei. Desde então, batalhamos para que se faça valer o que diz a
norma”, reclamou o coordenador de comunicação da Aspra, Alexandre Santos.
Soldado Prisco entrou com pedido de reintegração no Tribunal de Justiça depois
da edição da lei 12.191, de janeiro de 2010.
Em 2011, ganhou, após três recursos favoráveis a
ele, a ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, ainda assim, o governo
baiano não cumpriu a decisão judicial. “A determinação do STF anulava todo o
processo de 2001. O Estado da Bahia, então, recorreu da decisão, por meio de
embargos de declarações que foram indeferidos, passando a fazer uso de recurso
extraordinário e especial. Mas, conforme explica o próprio relator José
Edivaldo Rotondano, os recursos não impedem que a decisão judicial seja
cumprida”, analisou a advogada do parlamentar, Marcelle Maron. As informações
são do Política Livre.
ACORDA CANUDOS
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