O doleiro
Alberto Youssef, preso por ser um dos principais personagens no esquema de
corrupção da Petrobras, revelou que, às escondidas da direção nacional do PP,
continuou repassando propina para o ex-ministro das Cidades, Mario Negromonte.
Atualmente, o pepista é conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM)
da Bahia. As informações fazem parte da denúncia oferecida pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o deputado federal Nelson
Meurer, e encaminhada ao ministro Teori Zavascki, relator do caso de corrupção
no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao
detalhar a disputa de poder no partido, na qual o grupo de Negromonte levou a
pior para a ala do senador Ciro Nogueira (PI), Janot citou trecho de um dos
depoimentos do doleiro à Justiça. Nele, Youssef relata que, “ de forma paralela
e oculta, a pedido de Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras e também
delator)”, manteve o pagamento das “comissões” sobre negócios da estatal também
para a turma de Negromonte e Meurer. Youssef justificou aos investigadores que
as remessas tinham como objetivo “amenizar a briga interna, existente no seio
do PP”. Desde que virou alvo da Lava Jato, o ex-ministro nega reiteradamente
qualquer envolvimento no esquema e garante que, na hora certa, provará sua
inocência.
Os
detalhes fornecidos por Alberto Youssef sobre o PP foram os mesmos que deram
base aos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Mario Negromonte
e ao partido no estado, cumpridos pela Polícia Federal em 14 de julho do ano
passado. Na denúncia ao Supremo, Rodrigo Janot anexa ainda cópia de e-mail que
trata de um suposto repasse de R$ 500 mil para o PP baiano.
Com
informações da coluna Satélite, do jornal Correio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário