© Reuters Tripulação da Marinha trabalha a bordo do destróier ARA Sarandí
antes de partir para participar da busca do submarino San Juan desaparecido no
mar na Base Naval Argentina em Mar del Plata – 21/11/2017
O submarino ARA San Juan da
Marinha argentina desapareceu com 44 pessoas a bordo há oito dias. Não se
sabe o que aconteceu com a embarcação ou se os tripulantes ainda estão vivos.
Ainda assim, uma enorme equipe de
resgate foi mobilizada pelas autoridades da Argentina.
Além da frota do país, outras 13 nações procuram incansavelmente qualquer
rastro que possa levar à localização do submarino.
A Marinha também já planejou
cuidadosamente a logística para um possível resgate da tripulação. Uma das
opções consideradas atualmente envolve um navio de busca norueguês e uma câmara
de resgate fornecida pelos Estados Unidos.
O Skandi Patagonia já
está navegando pelas águas argentinas. O navio norueguês enviará um Veículo
Autônomo Subaquático AUV fornecido pelas autoridades americanas para buscar
qualquer sinal do submarino embaixo da água. O AUV é operado a distância, sem
tripulação.
Assim que o San Juan for localizado,
o navio de buscas navegará até o local onde ele se encontra. Uma Câmara de
Resgate SRC será então transportada por um cabo até o submarino. A cápsula é
pressurizada e pode ser conectada a uma das escotilhas do San Juan.
A pressão entre a cápsula e o
submarino deve ser nivelada antes da abertura da escotilha, para que não cause
prejuízo aos tripulantes. Após esse procedimento, as pessoas podem começar a
ser resgatadas.
A Câmara SRC será içada pelo navio de
buscas, com os tripulantes dentro. A capsula só pode transportar seis
indivíduos por vez, o que significa que o procedimento deverá ser repetido até
que todos estejam em segurança.
O SUBMARINO
O ARA San Juan foi incorporado à
frota argentina em 1985. Com 65 metros de comprimento, foi fabricado pela
empresa siderúrgica alemã ThyssenKrupp. Seu último reparo foi realizado em 2004
e, segundo a Marinha, estava em totais condições para operar.
O DESAPARECIMENTO
O ARA San Juan fez seu
último contato na manhã do dia 15 quando ia de Ushuaia, no extremo sul
da Argentina, a Mar del Plata, cerca de 400 quilômetros
ao sul de Buenos Aires. Nessa mesma manhã, o capitão do submarino havia
reportado uma avaria nas baterias da embarcação. Especialistas consultados pelo
jornal argentino La Nación indicam que a zona marítima onde o
veículo aquático pode ter desaparecido tem cerca de 700 metros de
profundidade.
As buscas pelo submarino já entraram
em uma fase crítica. Caso a embarcação esteja sem condições de emergir, o
estoque de oxigênio disponível seria suficiente para manter a tripulação viva
por até sete dias — nesta hipótese, não restaria mais oxigênio para os
tripulantes.
Ao todo, dez países participam das
operações de busca pelo submarino – entre eles o Brasil, que enviou à Argentina dois aviões e três
embarcações, Chile, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.
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