A
colombiana Miriam Rebolledo, de 29 anos, foi presa na última quinta (9) em
Miami, onde mora, acusada de “maus-tratos e abuso infantil” contra o filho de
6. Miriam queimou a mão do menino colocando-a sobre as chamas do fogão de casa.
Na saída de um tribunal, onde está sendo julgada na cidade na Flórida, a
colombiana bradou, exaltada, diante de repórteres de TV: “Ele é um moleque
muito rebelde, um valentão. Já matou pequenos bichos e comete bullying contra
os colegas de escola. Preferi castigá-lo antes que algo pior aconteça”, disse
ela, tentando justificar a violência. Ela não especificou que animal teria sido
morto pelo garoto.
Miriam perdeu
temporariamente a guarda do filho. O pai, Miguel Carcamo, mora na cidade
colombiana de Barranquilla, norte do país, e é divorciado da colombiana. Miguel
luta agora para ficar com filho, mas diz não ter dinheiro para viajar aos
Estados Unidos. Miriam, que é casada com outro homem, corre o risco de passar
alguns anos numa penitenciária americana, de acordo com informações da rede
americana ABC.
Após ser
detida pela polícia, ela pagou fiança de R$ 25 mil e está agora respondendo ao
processo em liberdade. Esta semana compareceu ao tribunal para uma audiência
sobre o caso. Voltará à corte no no final de novembro e início de dezembro,
para duas audiências. Enquanto isso, ela só pode ver a criança duas vezes por
semana, durante 1h45 em cada visita, sob supervisão de um representante da
Justiça.
A criança está sob
custódia do Departamento de Crianças e Famílias, em Miami. A Justiça está
analisando se poderá dar guarda a uma prima e uma amiga de Miriam, que
moram em Miami e se colocaram à disposição para ficar com o menino.
A
própria Miriam contou por que repreendeu o filho dessa forma brutal: “Ele é
metido a valentão. Já o levei a psicólogos, mas ninguém consegue
acalmá-lo”. A gota d’água, disse ela, aconteceu quando diretores da escola
onde o filho estuda, em Miami, chamaram a mãe para relatar episódios de
indisciplina. “Me disseram na escola que ele ameaça meninas, intimida
garotos”, contou ela ao jornalistas.
Na
audiência, Miriam fez o mesmo relato, acrescentando: “Meu filho pode crescer e
virar um assassino”. A juíza Ariana Fajardo Orshan a repreendeu: “Não
acredito que uma mãe adote como punição queimar os dedos do filho no fogão.
Isso é um absurdo. A senhora cometeu um crime terrível contra uma criança”.
Miriam
respondeu que “não poderia ficar sem fazer nada”. Tentou explicar: “Foram
vários episódios de agressão que ele cometeu na escola”. “Como eu poderia
ficar sem fazer nada?”, ela questionou. A juíza argumentou: “Esse método
pode até ser comum no interior de seu país — talvez não seja —, mas aqui é
considerado crime, e grave”.
Não está claro, de
acordo com a rede de notícias CBS, de Miami, quem fez a denúncia contra
Miriam. Vizinhos teriam ouvido os gritos e chamado a policia, segundo
fontes da emissora. Quando os oficiais chegaram, a colombiana estava
“alterada” e confessou tudo ali mesmo: “Esse moleque não sabe se comportar. Ele
mata bichos e gosta de chamar outros garotos para a briga.
O pai não
comentou a agressão da ex-mulher. Disse apenas que pretende buscar o filho e
levá-lo para a Colômbia, onde mora. “Mas não tenho dinheiro. Achei que, se a
mãe fosse morar nos Estados Unidos, seria melhor para o futuro do nosso filho.
Não está sendo. Só não consigo mais falar com ele. Acompanho tudo pela TV.
Pretendo juntar quantia suficiente para viajar aos EUA e trazê-lo para viver
comigo”
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