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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

VEREADOR DE PAULO AFONSO ABRE MÃO DO AUMENTO NO SALÁRIO; R$ 2 MIL E JUSTIFICA: ‘NÃO QUERO ME BENEFICIAR DE ALGO INCONSTITUCIONAL’

Galinho em seu gabinete mostrando o protocolo que abre mão do aumento em seu subsídio. (Foto: www.pa4.com.br)
Há um movimento diferente, no 1º gabinete, do 1º andar da Câmara Municipal de Paulo Afonso, que traz à política do município, alguma esperança de que nem tudo neste ambiente está destinado à permissividade, à falcatrua e à imoralidade. Não. Há na política pessoas que pensam diferente, felizmente.

Rapazola e afoito, mas que já deu mostras neste primeiro mês de mandato, que com ele a banda toca diferente. Assim é Mário Galinho (SD). A minha pena há de não ser queimada, e eu me arrisco, tive orgulho: dispensou R$ 2 mil reais em seu salário – advindo do aumento concedido pela legislatura passada, que por tabela aumentou os salários dos secretários e de forma afrontosa, deu em mais de 60% o aumento ao prefeito Luiz de Deus (PSD), ficando este com R$ 33.700 mil, Anilton Bastos (PDT) ganhava R$ 20.000 mil.

Galinho com isto, ganhará o salário antigo de R$ 10 mil, hoje seus colegas que votaram contra e a favor ganham R$ 12 mil, bem como secretários municipais.

A 6ª promotoria, através de Milane de Vasconcelos, tenta anulá-lo na justiça. Antes que se julgue a causa, porém, Galinho que no dia 22 de dezembro, só assistiu à sessão, tomou uma decisão, nesta segunda (06), dispensando-o.

Não o fez porque não pega bem, nem porque é melhor que os outros, nem por ser ele parente de São Francisco de Assis, simples: FOI UM AUMENTO ILEGAL.

″Não vou alegar os problemas da crise econômica do qual a nossa cidade também sofre, meu principal argumento é baseado na lei, que é bastante clara: vetado qualquer tipo de aumento salarial, adicional e contratação de pessoal no período de 180 dias que encerram o pleito, não fui eu quem fez a lei, existe e é para ser cumprida″, disse o vereador.

No dia da votação, o então presidente da Câmara, Petrônio Nogueira (PDT) sugeriu aos que se posicionavam contrários (Antônio Alexandre -PMDB e Zezinho – PTN) que estes doassem seus respectivos aumentos às obras de caridade, por que você não fez assim?

Da mesma maneira eu compactuaria com a inconstitucionalidade, caso o aumento fosse pela via legal, poderíamos sim tomar essa medida.

ESTE MÊS VOCÊ JÁ NÃO RECEBE?

Não sei. Espero que não. Por isso protocolo hoje para que se cumpra o prazo. Eu poderia abrir mão até do salário todo, mas o salário nosso é constitucional e muito bom aliás, este aumento não. Espero que o presidente (Marcondes Francisco) promulgue minha decisão.

VOCÊ TEME REPERCUSSÃO NEGATIVA DOS COLEGAS POR ESSA SUA DECISÃO?

Que fique claro: não pressiono ninguém a fazer o mesmo, cada um faz como achar melhor, eu faço a minha parte. Entrei aqui, e na campanha eu já sabia, meu mandato é para servi à comunidade, isso é o básico. Fico chateado que numa ação básica dessas as pessoas ainda estranhem. Não era para ter repercussão uma simples devolução de algo que é inconstitucional.

A economia só com a ação de Galinho será de R$ 96 mil para os cofres públicos, imaginem aí se como ele, outros tenham a mesma consciência.
OZILDO ALVES

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