Com
pedaços de pau, eles caminham livremente e gritam ameaças.
Presos
da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal
continuam nesta segunda-feira (16) em cima do telhado da cadeia, como aconteceu
no sábado. Com pedaços de pau, eles caminham livremente e gritam ameaças.
Informações extra-oficiais apuradas pelo jornal O GLOBO dizem que a situação
ainda não é considerada rebelião, mas que os presos estão agitados por causa
das revistas que serão feitas durante a manhã. O Grupo de Operações Especiais
(GOE), da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) vai ao local fazer a
revista.
A
rebelião em Alcaçuz deixou, além de 26 mortos, um rastro de destruição na
unidade. O local, que já estava com as celas destruídas e os detentos soltos
nos pavilhões, precisará passar por nova reforma para recuperação. O governo do
Estado começará a discutir a situação nesta segunda-feira. A expectativa é que
a primeira intervenção ocorra no pavilhão Rogério Coutinho Madruga, o chamado
pavilhão 5, de onde saíram os presos que iniciaram a rebelião do sábado.
Após
as rebeliões de 2015, quando a maioria das unidades prisionais do Rio Grande do
Norte ficou destruída, o governo do Estado precisou gastar mais de R$ 15
milhões na recuperação das unidades. Alcaçuz, que foi o presídio mais afetado,
recebeu a maior parte dos recursos, que ainda não foram suficientes para a
recuperação completa. Agora, um novo estudo será feito para a análise da
estrutura.
A
expectativa é que o secretário de Infraestrutura do Rio Grande do Norte, Jader
Torres, participe de reunião com representantes da Secretaria de Justiça e
Cidadania hoje para discutir possíveis datas para a vistoria no presídio.
Somente após a análise será possível ter a real dimensão sobre a destruição e
iniciar a preparação para uma licitação e contratar empresa que realizará obras.
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