O atleta fez parte da seleção campeã do mundo na Copa de 2002 no Japão. Polícia Civil afirma que Edilson passou vários meses sem pagar o benefício.
O ex-jogador de futebol Edilson Silva Ferreira, o
"Capetinha", foi preso por deixar de pagar R$ 430 mil em pensão
alimentícia. Ele foi detido pelos agentes da Polícia Civil no Aeroporto
Internacional JK, em Brasília.
O ex-jogador foi recolhido à carceragem do Departamento
de Polícia Especializada do DF, próximo ao Parque da Cidade. Edilson fez parte
do grupo da seleção que foi campeão da Copa do Mundo em 2002, no Japão e Coreia
do Sul.
O G1 tentou contato com a
Polícia Civil, que, por meio de nota, afirmou que não havia ninguém para
comentar o caso e que o processo corre em segredo de Justiça. Em setembro de
2015, o ex-jogador
foi alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de fraudes no pagamento
de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal.
Na época, agentes da PF apreenderam discos rígidos e
computadores na casa de Edilson, que negou envolvimento com o esquema
investigado.
RELEMBRE
O CASO
O ex-jogador da seleção brasileira foi
um dos investigados da operação da Polícia Federal que apurou supostas fraudes
no pagamento de prêmios de loterias da Caixa. Naquele momento, o advogado de
Edilson, Thiago Phileto, disse que o ex-jogador não tinha ligação com o suposto
esquema de fraudes.
Enquanto a investigação esteve em curso, a Caixa
Econômica Federal informou já colabora com as investigações e que manteria
cooperação integral com a polícia.
A ação da PF cumpriu mandados judiciais nos estados de
Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe e Paraná. Em Brasília, foram cumpridos 11
mandados de condução coercitiva – quando o suspeito é levado à força, se
necessário, para prestar depoimento. Cerca de 250 policiais federais participam
da operação, que foi batizada de Desventura.
De acordo com a PF, o esquema desviou ao menos R$ 60
milhões de valores de bilhetes premiados não sacados pelos ganhadores, que
deveriam ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Em 2014,
os premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.
A PF informou que a investigação apontou que o esquema
criminoso contava com a ajuda de correntistas da Caixa, que eram escolhidos
pela quadrilha por movimentar grandes volumes financeiros e que também seriam
responsáveis por recrutar gerentes do banco para a fraude.
Segundo a corporação, quando os criminosos estavam de
posse de informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para
que eles viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas,
validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.
Durante a investigação, um integrante da quadrilha foi
preso ao tentar aliciar um gerente para o saque do prêmio de um bilhete no
valor de R$ 3 milhões. Meses depois ele foi liberado e, segundo a PF, morreu em
circunstâncias que ainda estão sendo apuradas.
CARREIRA
Edillson da Silva Ferreira, conhecido como Edilson
Capetinha, começou a carreira em 1987 no clube Industrial, um time do Espírito
Santo. Ele passou também pelo Corinthians, Flamengo, Palmeiras e Bahia. Pela
seleção brasileira, o jogador foi pentacampeão na Copa do Mundo de 2002.
g1/bahia
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