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quarta-feira, 16 de março de 2016

BRASÍLIA, PALÁCIOS E FALTA DE CIVISMO

“No Brasil é assim: quando um pobre rouba, vai para a cadeia; quando um rico rouba, vira ministro” (Luiz Inácio Lula da Silva, 1988).
Uma cadeira presidencial na qual sentaram o incorrigível legalista Eurico Gaspar Dutra, o imbatível idealista Juscelino Kubitscheck  de Oliveira e o irrepreensível ético Jânio da Silva Quadros, dentre outros respeitáveis presidentes, definitivamente nela não podiam ter sentado Lula da Silva e dona Dilma Rousseff. É um escárnio à memória e ao civismo nacionais.

Em todos os governos petistas, os brasileiros vêm sendo abastecidos, diuturnamente, com notícias de tramóias, maracutaias, embustes, ardis, conchavos espúrios, assaltos aos cofres de estatais e do próprio governo, enriquecimento ilícito de agentes públicos e outras barbaridades mais. Pior: quase todos ou muitos desses desvios de conduta foram arquitetados nos palácios presidenciais de Brasília.

As repartições públicas onde deveriam ser discutidas corretas políticas estratégicas com vistas ao engrandecimento do Brasil passaram a abrigar delinquentes, pessoas moralmente reprováveis, larápios do dinheiro do povo, a escória da safadeza nacional, todos remunerados com os impostos que os brasileiros pagam com ingentes dificuldades.   

Antes, não muito distante, os presidentes brasileiros eram respeitados, decentes, altamente valorizados sob o ponto de vista moral e, sobretudo, não misturavam vida privada com dinheiro público.

Certamente aconteceram deslizes na vida de alguns deles, mas a história está aí pra dizer: desde o nascimento da República até o último presidente militar, não há quaisquer registros de acusações de que ex-presidentes, ministros e auxiliares tenham ficado ricos durante o exercício do poder ou depois dele, tampouco havia tanta desmoralização nos palácios presidenciais. Mais: não há registros de que a prática da corrupção tenha levado à cadeia tantos agentes públicos do alto escalão, como vemos hoje, estarrecidamente.

É assustadora a falta de educação moral e carência de postura cívica de Lula da Silva e dona Dilma Rousseff. A ocupante do cargo de presidente da República e seu antecessor abdicaram de exercer, com respeito, a supremacia do mandato, para transformarem-se em abomináveis fazedores de conchavos espúrios. Apequenaram-se, desmoralizaram-se, derreteram-se diante da grandeza da República. São despreparados para exercerem tão elevada e séria função pública, ápice e orgulho dos brasileiros. Como escrever tudo isto em nossos livros de História para as futuras gerações?

A liturgia do cargo de presidente da República foi desrespeitada e, em consequência, operou-se o lamaçal político.

Em 1988 Lula disse uma frase lapidar: “No Brasil é assim: quando um pobre rouba vai para a cadeia; quando um rico rouba vira ministro”.

Agora, o senhor Lula da Silva está às voltas com o noticiário policial e acusações. Polícia Federal, Ministério Público e Poder Judiciário estão em seus calcanhares.  Dizem que, em razão dos erros propositais que cometeu - e que ainda não foram provados - Lula da Silva resolveu se abrigar como titular de um ministério da atrapalhada sucessora Dilma Rousseff, com o intuito de driblar o implacável caminho da Justiça. Não sei se vai conseguir.

Acho que Lula,  antes de assumir a Casa Civil da República, fato inédito e esdrúxulo, não refletiu sobre a frase que pronunciou em 1988. Pode ser uma carapuça contra si próprio. Quem mandou ser loroteiro?

araujo-costa@uol.com.br  
Por Walter Araújo

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