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presidente Dilma Rousseff cogitou se desfiliar do PT e organizar um governo
suprapartidário em dezembro do ano passado, segundo a Folha de S. Paulo. O auge
do desgaste entre o Palácio do Planalto e a direção do partido teria acontecido
em meio às sessões do Conselho de Ética da Câmara para decidir se teria
sequência o processo que pode levar à cassação do presidente da Casa, Eduardo
Cunha (PMDB). O Planalto queria que os três deputados do PT que integram o
colegiado votassem contra o andamento do processo, para evitar que Cunha
acatasse um dos pedidos de impeachment contra Dilma. No entanto, o presidente
da sigla, Rui Falcão, pressionou os parlamentares a votarem contra o presidente
da Câmara. A crise econômica e política, além dos desdobramentos da Operação
Lava Jato já haviam desgastado a relação entre as duas partes. Dirigentes
petistas apontavam inclusive que a presidente era a responsável por
"afundar" o partido. Ainda segundo a Folha de S. Paulo, a desfiliação
de Dilma do PT foi discutida dentro do Planalto, mas ela avaliou que a decisão
poderia provocar o seu isolamento e desistiu da opção. Apesar disso, o governo
e o PT seguem mais afastados atualmente do que há um ano.
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