O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi
citado na Operação Lava Jato. Segundo o delator Nestor Cerveró, ex-diretor da
área Internacional da Petrobras, FHC teria recebido propina de US$ 100 milhões
de dólares em negociações com a estatal. Conforme a Revista Fórum, o vazamento
de que a venda da petrolífera Pérez Companc envolveu propina ao governo FHC de
US$ 100 milhões, o equivalente a R$ 1,033 bilhão em valores atualizados, ocorreu
somente após a apreensão de investigadores no gabinete do senador petista
Delcídio Amaral, ex-líder do governo no Senado.
As informações são parte de um resumo do depoimento
que Cerveró prestou ao MPF antes de fechar seu acordo de delação premiada. Á
época, suspeitava-se que o parlamentar estava tentando impedir o acordo de
Cerveró, obstruindo investigações e com o oferecimento de dinheiro para a
família do ex-diretor da estatal.
“A venda da Pérez Companc envolveu uma propina ao
Governo FHC de US$ 100 milhões, conforme informações dos diretores da Pérez
Companc e de Oscar Vicente, principal operador de Menem e, durante os primeiros
anos de nossa gestão, permaneceu como diretor da Petrobrás na Argentina”, disse
Cerveró.
“Cada diretor da Perez Compancq recebeu 1 milhão de
dólares como prêmio pela venda da empresa e Oscar Vicente 6 milhões. Nos
juntamos a Perez Compancq com a Petrobras Argentina e criamos a PESA (Petrobras
Energia S/A) na Argentina”, contou o ex-diretor já condenado na Lava Jato.
Ao portal, FHC disse que declarações “vagas como
essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a
um ex-presidente da Petrobrás já falecido (Francisco Gros), sem especificar
pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que
permitam verificação”.
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