Depois
da divulgação da troca de mensagens com o ex-presidente da OAS, o ministro da
Casa Civil aparece agora em documento apreendido no gabinete de Delcídio do
Amaral em que a campanha do ex-governador da Bahia surge como destinatária de
recursos desviados da Petrobras
Braço direito da presidente Dilma
Rousseff e principal articulador contra o processo de impeachment no Congresso
Nacional, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, é o novo personagem do
governo a viver dias de tormenta e inferno astral. A nuvem negra que paira
sobre o Palácio do Planalto desde o início do segundo mandato — e acabou por
minar os principais aliados da presidente — fecha o tempo agora para Wagner,
citado na Operação Lava-Jato como beneficiário de dinheiro desviado da
Petrobras.
Documento apreendido no gabinete do ex-líder do governo no Senado
Delcídio do Amaral (PT-MS) atribui ao ex-diretor da área Internacional da
Petrobras Nestor Cerveró a revelação de que o chefe da Casa Civil recebeu “um
grande aporte de recursos” para a campanha ao governo da Bahia, pelo PT, em
2006. O direcionamento dos recursos desviados teria ficado a cargo do então
presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Naquele ano, Jaques Wagner
conquistou o mandato de governador, sendo reeleito em 2010.Em um mês em que a calmaria do recesso parlamentar deveria ajudar os aliados de Dilma na construção da defesa e na montagem de uma estratégia que barre o impedimento do seu mandato, o governo se volta na administração de mais uma crise interna. Esta semana também vazou uma troca de mensagens entre Wagner e o ex-presidente da construtora OAS Leo Pinheiro. O empresário é réu na Lava-Jato.
Com os principais atores do governo derrubados ao longo dos últimos meses e sem um líder capaz de agregar a base aliada e melhorar a relação entre o Legislativo e o Executivo, Wagner vem atuando desde outubro como o homem de confiança de Dilma nas negociações na Câmara dos Deputados e no Senado. Antes de assumir a missão da tropa de choque do Palácio, “Galego”, como ele é chamado pela presidente, esteve à frente do Ministério da Defesa desde o início de 2015
CORREIO BRAZILIENSE
Nenhum comentário:
Postar um comentário