Por Agência Brasil | Fotos: Ilustrativa
A decisão da Justiça Federal do Paraná que condenou
o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-diretor de serviços da
Petrobras, Renato Duque, e mais oito pessoas, também determinou a devolução de
mais de R$ 66,8 milhões à estatal.
Segundo a sentença do juiz Sérgio Moro, o valor é
considerado o “mínimo necessário para indenização dos danos decorrentes dos
crimes” cometidos em contratos com consórcios. O valor de ressarcimento será
dividido entre Duque, Vaccari, Adir Assad (acusado de ser um dos operadores do
esquema de desvios na Petrobras), além de Sônia Mariza Branco e Dario Teixeira
Alves Júnior, responsáveis por parte dos pagamentos de propina.
“O patrimônio dos condenados, ainda que sem origem
criminosa comprovada, fica sujeito ao confisco criminal até completar o
montante de R$ 66.817.956,00. O patrimônio dos condenados responde na medida de
sua participação nos delitos”, diz um trecho da decisão de Moro, segundo o qual
o dinheiro fruto de corrupção não foi encontrado ou está no exterior.
O valor foi calculado com base na propina de R$
23,3 milhões, paga à diretoria de Abastecimento da Petrobras para contrato com
os Consórcios Interpar e CMMS, e na propina paga à diretoria de Engenharia e
Serviços da Petrobras para contratos com os Consórcios Interpar, CMMS, Gasam e
com a Construtora OAS no Gasoduto Pilar Ipojuca.
Também condenados na decisão de ontem (21), o
ex-executivo da empresa Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto; o
ex-gerente de Serviços da Petrobras; Pedro Barusco; Mario Frederico de Mendonça
Goes, apontado como operador do esquema; além do ex-consultor da Toyo Setal,
Júlio Camargo, e o doleiro Alberto Yousseff, já haviam firmado acordos de
delação premiada com a Justiça. Como cada acordo fixa um valor específico de
ressarcimento, eles não estão incluídos na devolução dos R$ 66 milhões.
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