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terça-feira, 15 de abril de 2014

Tragédia em Alagoinhas: Tenente da Policia mata promotor de eventos e atira em mais três durante evento em um bar














O promotor de eventos Hebert Menezes de Amorim Neto, 33 anos, conhecido como Netinho da Bahia, foi morto a tiros na noite de sábado, dentro de um shopping na cidade de Alagoinhas, no litoral norte da Bahia.

O rapaz, que é filho de Nestor Amorim, funcionário da Bahia FM, foi atingido por disparos do tenente da Polícia Militar Marcelo Andrade, 29 anos, que pertence à 1ª CIPM de Pernambués.

Ele estava sem o fardamento no bar Manga Beer, local do crime. Segundo Glauco Suzart, delegado da 2ª Coordenadoria de Polícia Interior (Coorpin/Alagoinhas), Neto, que era pai de dois meninos, um de seis meses e outro de seis anos, foi atingido por cinco tiros, sendo um no rosto.

Tâmara Costa, prima da vítima, contou que Hebert estava com amigos quando pediram a conta e o oficial da PM, sem conhecer nenhum deles, pegou um pedaço de carne-de-sol do prato que o grupo pretendia levar para casa. Hebert, já em pé, observou a ação do oficial e foi tirar satisfações. Após ser repreendido pelo promotor, Marcelo sacou uma pistola 380 (que está em seu nome) e disparou seis tiros na direção de Neto. A vítima morreu na hora. “Eles não entraram em luta corporal e nem se agrediram verbalmente. Foi aterrorizante”, relatou Tâmara.

Os amigos de Hebert, que não foram atingidos, entraram em luta corporal e conseguiram conter o tenente. Na confusão, três pessoas foram baleadas, incluindo o autor dos disparos, que acertou a própria perna. Segundo a assessoria do Hospital Dantas Bião, para onde foram levados os feridos, nenhum corre risco de morte. Duas das vítimas já foram liberadas da unidade hospitalar e o policial não teve ferimentos graves.

Segundo o delegado Suzart, o tenente, que apresentava claros sinais de embriaguez, foi preso em flagrante, por volta das 3h da madrugada de ontem, e encaminhado para a delegacia do município. Marcelo Andrade foi apresentado à corregedoria e já está detido no Batalhão de Choque de Salvador. Ele será indiciado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

Em depoimento, o acusado narrou que teria se defendido de três homens armados que estavam no restaurante. De acordo com o delegado, nenhuma das testemunhas confirmou esta versão. Pessoas próximas à família de Hebert e amigos lamentaram o ocorrido. “Um cara de ouro. Amigo para todas as horas. Guardarei no coração só coisas boas. Você vai fazer muita falta!”, disse Bruno Rapozo, amigo de infância de Hebert, em mensagem no Facebook.

O nascimento do filho e a compra de uma moto eram festejadas pela família. O corpo de Hebert Neto foi enterrado ontem, às 16 horas, no Jardim da Saudade, em Alagoinhas.


A 60 dias do evento, Polícia Federal ameaça paralização na Copa do Mundo.




imagem ilustrativa(Foto: google.).


Exatos 60 dias para o início da Copa do Mundo, policiais federais fizeram um protesto na Praia de Copacabana na manhã de hoje (13) e prometem fazer greve durante o evento esportivo.

Cerca de 300 policiais e familiares marcharam pela Avenida Atlântica com cinco elefantes brancos infláveis, para reivindicar melhores condições de trabalho, reajuste salarial e reestruturação da carreira.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Estado do Rio de Janeiro, André Vaz de Mello, explica que a Marcha dos Elefantes, junto com uma paralisação de um dia, é para mostrar para a sociedade as condições precárias de trabalho dos policias e a ineficiência do atual modelo de segurança pública.

“A gente pede a reestruturação das carreiras, com as atribuições dos cargos de papiloscopista, agente e escrivão definidas por lei, porque não tem isto até agora, e no mínimo uma reposição inflacionária para a gente poder sentar e conversar. O elefante branco é a ineficiência do nosso modelo de segurança pública, no qual 96% dos inquéritos não dão em nada, só 2% apontam realmente e punem os culpados. Em nenhum lugar do mundo isso existe”, disse.

De acordo com ele, a categoria está há sete anos sem aumento. “Toda vez que a gente tem sentado com o governo, por meio da Federação Nacional dos Policiais Federais que está negociando lá [em Brasília], é sempre um passo para trás, o governo vem sempre com um desrespeito total. A gente aguarda até a Copa do Mundo, mas estamos com a mesma proposta de Brasília e dos outros estados: é parar na Copa do Mundo, principalmente os aeroportos”.

Mello diz que os serviços essenciais serão mantidos em uma eventual greve, como foi mantido na paralisação de hoje. Mas, segundo ele, uma greve da Polícia Federal representa risco para a segurança do país.

“O governo federal tem dito que consegue nos substituir com outros servidores, como Exército, Força Nacional e outros policiais, só que dentro do aeroporto não tem como, é uma função muito específica, a imigração requer que o cara tenha experiência naquilo ali. Pode substituir, mas o governo vai ter que abrir a porteira e deixar entrar procurados de fora [do país], terroristas, que são um risco para a sociedade e para o Brasil nesse evento grande, que é a Copa do Mundo”, observou.

Este foi o sétimo protesto organizado neste ano pela categoria. Os sindicatos denunciam gestão ineficiente, segregação funcional, evasão de servidores qualificados, falta de atribuições por lei, sucateamento funcional e material, congelamento salarial e gestão precária dos recursos humanos dentro do órgão.

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