Conversas identificadas no celular do empresário relevam que
ele contratou serviços de prostituição — Foto: Reprodução/Whatsapp
EMPRESÁRIO FRANCÊS É PROCURADO POR CONTRATAR 'SERVIÇO' DE
ADOLESCENTE. DELEGADO DESCREVEU QUE REDE DE PROSTITUIÇÃO USA APLICATIVO DE
MENSAGENS PARA AGENCIAR GAROTAS EM MACAPÁ E SANTANA.
A Polícia
Civil investiga há quase um mês a atuação de uma rede de prostituição que usa
as redes sociais para aliciar garotas em Macapá e Santana. O caso chegou até a polícia após um empresário francês
contratar o serviço de uma adolescente de 14 anos e levá-la para Oiapoque, a 590 quilômetros da capital, na fronteira com a Guiana Francesa.
De
acordo com o delegado Charles Corrêa, que atua em Oiapoque, as investigações
acontecem desde o fim de agosto e chegaram até o francês depois que o tio da
adolescente passou a suspeitar que ela foi levada para a cidade fronteiriça com
esse intuito.
“Com a ajuda do tio conseguimos
chegar até o hotel em que eles estavam hospedados. Os dois foram levados para a
delegacia, onde prestaram depoimentos”, contou Corrêa.
O telefone do suspeito foi
apreendido pela polícia e foi periciado, onde foram encontradas conversas sobre
contratação de prostitutas por meio de grupos de WhatsApp.
Adolescente e empresário foram ouvidos na delegacia de
Oiapoque — Foto: Divulgação/Polícia Civil
A
princípio, a adolescente negou estar envolvida no esquema de prostituição e
alegava ser namorada do empresário. Sem a denúncia da vítima, a polícia liberou
os dois.
Mas, depois, após insistência da
família e o empresário voltar para a Guiana Francesa, a adolescente descreveu a
participação dela no esquema e disse que recebeu do francês R$ 750 para viajar
da capital para Oiapoque.
“Ele
costuma vir a Macapá e, através de grupos clandestinos, onde as garotas são
agenciadas por cafetões, conseguiu o contratar a adolescente, assim como
outras”, disse o delegado.
A polícia fez o pedido de prisão
preventiva do empresário, que foi decretado no dia 12 de setembro, mas até a
última atualização desta matéria, ele não havia sido preso. O empresário, que
não está no Brasil, é considerado foragido da Justiça brasileira.
A Polícia Civil agora trabalha na
desarticulação dessa rede de prostituição, indo atrás dos administradores
desses grupos. O trabalho vai ser em conjunto com o Conselho Tutelar de Santana
e a Polícia Militar, para combater o aliciamento de menores de idade para a
prostituição e o turismo sexual.
G1
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