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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

COMANDANTE DE UPP FOI MORTO POR POLICIAL MILITAR NOVATO QUE ERROU TIRO, CONCLUI DIVISÃO DE HOMICÍDIO NO RIO

Soldado acertou capitão pelas costas ao ouvir rajadas de tiros, diz polícia. Uanderson foi o primeiro comandante de UPP a morrer em serviço no Rio.
Henrique Coelho Do G1 Rio
A investigação sobre a morte do comandante da UPP Nova Brasilia, no Conjunto de Favelas do Alemão, em setembro de 2014, confirmou a suspeita de que o capitão Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos, foi morto por "fogo amigo", de acordo com a Divisão de Homicídios. O comandante da UPP Nova Brasília foi oprimeiro a morrer em serviço no Rio desde a implantação do projeto, em 2008.
O delegado responsavel pelo caso, Geniton Lages, afirma, no entanto, que não é possível indiciar penalmente o soldado Diogo de Araújo Zilves, apontado pela perícia e pelas investigações como o autor do disparo que matou Uanderson.
"Ele estava escorado em legítima defesa, e cumpriu o dever legal de ir até lá e reagir à injusta agressão. Mas houve um claro erro de execução", afirmou o delegado ao G1.
O soldado Zilves teve a primeira lotação em UPP em 2013, na área do 22º BPM. Na última lotação, de maio de 2015, ele constava no efetivo da UPP Mandela.
O caso é o primeiro entre os homicídios ocorridos no Alemão desde o ano passado a ser concluído pela polícia. Os casos de Eduardo e Elizabeth, mortos em abril de 2015, devem ser concluídos nas próximas semanas.
Laudo mostra trajeto dos PMs na ação em que comandante foi morto (Foto: Reprodução)Laudo mostra trajeto dos PMs na ação em que
comandante foi morto (Foto: Reprodução)
Dinâmica
No dia 11 de setembro, Uanderson estava saindo da base da UPP Nova Brasília quando foi chamado por uma guarnição que estava presa em um beco na localidade conhecida como "Largo da Vivi", na Nova Brasília. Sem colete, Uanderson foi até o local e entrou no beco, acompanhado dos soldados José Antonio de Oliveira Mesquita, Alex Francisco de Carvalho, Diogo de Araújo Zilves, Romulo Ricardo Alvarenga da Silva e Thiago Costa Silva.
"Pela perícia, pudemos concluir que as armas dos policiais, fuzis 762 e 560, foram acionadas depois de receberem tiros de rajadas de pistolas. Ao fazermos a perícia e a reconstituição, vimos que a bala que atingiu Uanderson entrou pelo lado direito do corpo, pelas costas, e saiu no externo", disse o delegado. Munições do mesmo calibre também foram encontradas próximas ao local onde Uanderson foi atingido.

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