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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

FORÇA TAREFA QUE PASSOU POR MACURURÉ, ABARÉ, RODELAS E CHORROCHÓ, RESGATOU MAIS DE MIL ANIMAIS SILVESTRES NA REGIÃO; FOTOS

A região como um todo é conhecida por fornecer aves para o tráfico de animais silvestres

Um total de mil e oitenta e oito animais silvestres foram resgatados na região de Paulo Afonso, distante 480 km de Salvador, na primeira semana de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Tríplice Divisa, que envolve os estados de Bahia, Alagoas e Sergipe. As ações - realizadas por Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ibama, e por uma equipe de 11 biólogos e veterinários das ONGs Animallia e ECO, da Cemafauna e do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cema), aconteceram em bairros de Paulo Afonso, na feira da cidade e nos municípios vizinhos de Jeremoabo, Glória e Santa Brígida.
A maioria são aves da fauna nativa brasileira, como caboclinhos, cardeais, azulões, curiós, papa-capins, sabiás-Coca, trinca-ferro, coleiras, galo-da-campina, sabiá-laranjeira, sanhaço-cinzento e bigodes, mas também foram encontrados jabutis. Além disso, um homem que circulava nas imediações da feira da cidade, com 28 peles de veados em seu veículo, teve a mercadoria apreendida. Chamou atenção dos fiscais, ainda, um exemplar de ararajuba, uma arara amarela, espécie raríssima da fauna brasileira. Em todas as ocasiões, foram lavrados Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO). A prática de crime ambiental é passível de pagamento de multas e até prisão.
"A região de Paulo Afonso como um todo é conhecida por fornecer aves para o tráfico de animais silvestres. Elas são vendidos para São Paulo e outros estados. Além disso, existe uma cultura, que é passada de pai para filho, de criar pássaros em cativeiro, e que precisa ser mudada. Aliado a isso, a pena para esse tipo de prática é muito leve", avalia Marcus Vinícius de França, Policial Rodoviário Federal, chefe da equipe Fauna da FPI.
Os animais retirados dos cativeiros são levados para o Fórum antigo da cidade, onde são triados e tratados por biólogos e veterinários. Aqueles que têm condições de serem reinseridos na natureza são imediatamente soltos em seus habitats. Os demais recebem alimentação adequada e medicamentos para que, assim que reúnam as condições necessárias, voltem à natureza.
FORÇA-TAREFA
Desde o dia 21 de novembro, mais de 400 profissionais participam da Fiscalização Preventiva Integrada do São Francisco (FPI) da Tríplice Divisa, que envolve os estados de Bahia, Alagoas e Sergipe. São promotores de Justiça, procuradores da República, procuradores do trabalho e técnicos de 56 instituições e entidades que formam uma grande força-tarefa na tentativa de salvar o rio da integração nacional da depredação ao qual vem sendo exposto. Nos dias 01 e 02 de dezembro acontece uma audiência pública para apresentar à população os resultados das atividades.
Coordenado pelo Ministério Público da Bahia, a força-tarefa conta com a parceria de trinta órgãos do estado, a exemplo da Inema, Ibama, Crea, Ipac, Adab, Seagri, Sefaz, Incra, Funai, Marinha, Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, entre outros. A operação atua nas áreas de saneamento, fauna, propriedades rurais, mineração, loteamentos, psicultura, patrimônio cultural, patrimônio espeleológico (cavernas), combate a agrotóxicos e comunidades tradicionais indígenas e quilombolas.
Na Bahia, estado pioneiro nessa ação de fiscalização, onze municípios estão sendo visitados: Paulo Afonso, Jeremoabo, Pedro Alexandre, Macururé, Abaré, Rodelas, Glória, Chorrochó, Santa Brígida, Canudos e Coronel João Sá. O objetivo é cuidar da saúde e da segurança do trabalho dos ribeirinhos e dos patrimônios natural e cultural dos municípios que integram a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
"A união de tantos órgãos e entidades representa uma ótima oportunidade para que possamos ampliar a potencialidade de atuação na defesa da sociedade, do meio ambiente e da saúde pública. Então, a mensagem que queremos passar é que a FPI do São Francisco se apresenta como um programa continuado e permanente, que visa, especialmente, preservar a qualidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e a qualidade de vida do seu povo. Nossa missão é permanecer diagnosticando os danos ambientais causados contra o manancial e sua população, adotando as medidas preventivas e de responsabilização dos agentes causadores de todos esses males”, declara Luciana Khoury, coordenadora da FPI Bahia.






Por Nilma Gonçalves *Jornalista DRT/BA 2450*

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