Nascida e criada em Paulo Afonso, Monique Santos, filha de Maria de Lourdes, que era costureira e conhecida como Dona Lurdinha, teve uma infância difícil, cheia de privações e sendo testemunha dos atos de violência psicológica, física e patrimonial que seu pai cometia contra ela. Com muita dificuldade, sua mãe criou os filhos e lhes garantiu o estudo que ela própria não havia conseguido ter.
Aos 15 anos, Monique começou a trabalhar como estagiária na Caixa Econômica, aos 24 anos ingressava no Mestrado e, aos 26 anos na carreira pública em um cargo efetivo, onde está até hoje, como Analista Universitária da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, em Paulo Afonso.
Nos últimos anos de vida de sua mãe, como resultado das grandes conquistas que o estudo lhe proporcionou, pôde realizar grandes sonhos de ambas, conhecendo novas cidades brasileiras, viajando de avião e revisitando São Paulo, que era um sonho que sua mãe carrega por mais de trinta anos. Tudo isso depois pareceu uma despedida, estes seriam os melhores anos das suas vidas juntas.
Em dezembro de 2017, quando Monique estava em Salvador para o nascimento da sua filha, Dona Lourdes empurrou uma pesada cama no apartamento alugado onde receberia sua neta recém-nascida e começou a sentir fortes dores nas costelas e na coluna, e essas dores durariam por meses. Vários médicos, de especialidades que iam da ortopedia à cardiologia, foram consultados e diversos exames foram feitos, e nada se descobria; a dor não amenizava com nenhum remédio, e os mais de 70 anos de Dona Lourdes eram trazidos pelos médicos como justificativa para as dores que sentia, receitando exercícios de fisioterapia que agravaram ainda mais sua condição.
Quando as dores se tornaram insuportáveis e incapacitantes, em mais uma consulta com um ortopedista em Aracaju-SE, os filhos exigiram a requisição de uma ressonância, e foi assim que, em 06 de abril de 2018, no dia do aniversário de Monique, foi descoberto o câncer da sua mãe, pela constatação de uma avançada metástase óssea que havia fraturado sua coluna vertebral em cinco lugares.
Sem tempo para espera, Monique rapidamente gastou as economias que tinha, contou com a ajuda de amigos e familiares e fez empréstimos até o limite do seu crédito para poder fazer todos os exames que precisaria para mapear todo o corpo e descobrir a origem da doença para agir sobre ela o mais rápido possível.
Desde o começo não houve esperança de cura, no entanto. Um câncer de mama, que era tão pequeno que dispensava cirurgia, tomou todos os ossos do corpo e mais tarde chegou ao cérebro. Em seis meses de sobrevida, foram dezenas de sessões de quimioterapia e radioterapia, além de transfusões de sangue, centenas de exames e internações. Na época, com o orçamento apertado, Monique teve que alugar e mobiliar um apartamento em Aracaju-SE para que sua mãe estivesse mais próxima da família durante o tratamento e tivesse conforto e privacidade nesse momento delicado que era anunciado pelos médicos como o fim. Mensalmente, apenas com Uber, gastavam mais de três mil reais; as despesas com exames e medicamentos elevavam essa quantia a valores exorbitantes.
Caindo na armadilha da oferta de crédito, após a morte da sua mãe, em outubro de 2018, apenas seis meses após a descoberta da doença, restou nas mãos de Monique uma dívida que não pôde mais controlar e da qual os juros vão tornando-a impagável. Além disso, sofrendo com crises de síndrome do pânico, Monique teve que mudar duas vezes de casa até encontrar um lugar onde finalmente conseguia dormir após ter perdido sua mãe, com quem havia compartilhado toda sua vida.
Os planos que Monique havia feito para aumento da renda acabaram se adiando devido à pandemia, e hoje ela recorre à publicação do seu primeiro livro como a sua maior esperança de conseguir reaver a segurança e a estabilidade que lhes foram deixados com sacrifício, como única herança e mais precioso bem, pelos anos de estudo que sua mãe lhe garantiu com tanto suor, sangue e lágrimas.
O livro
A pesquisa que deu origem ao livro foi defendida em 2013 no Mestrado em Psicologia Social da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Tal qual a transmutação da alquimia, não foi sem impacto e sem dor que o enfrentamento das regras da academia foi ganhando corpo em um trabalho de pesquisa que se propôs livre, sem amarras ao modo convencional de produção de trabalhos acadêmicos. Como resultado, um misto de ciência e ficção foi posto à mesa para instigar o pensamento sobre diversas questões contemporâneas.
No livro, a autora contextualiza a discussão com a pandemia, e traz aquilo que não se fala sobre as pesquisas, a vida que se vive por trás dos trabalhos acadêmicos. Frente à interdependência do Estado e do capitalismo neoliberal na regulação das vidas humanas, traz pequenas narrativas ficcionais, que ilustram, a partir dos costumes, da força e da resistência do povo sertanejo, a expressão do verdadeiro poder.
Cada unidade do livro físico está sendo vendida pelo preço de R$ 39,90 e Monique conta a ajuda de todos para compartilhar esta notícia e atingir a meta de 6000 livros vendidos.
Quem for de Paulo Afonso e quiser adquirir o livro sem pagar frete e garantindo um percentual maior de arrecadação para a autora, poderá encomendar diretamente com Monique, informando o endereço para entrega e enviando comprovante de depósito ou transferência para seu e-mail moniquejbs@hotmail.com ou WhatsApp (75)98814-0536. Sua conta corrente no Banco do Brasil é:
Monique de Jesus Bezerra dos Santos
Agência 0621-1
C/C 46.527-5
Para quem preferir adquirir pelo site da Editora, o Livro “Transmutação dos Bastidores” já está disponível no link https://www.editoradialetica.com/product-page/transmuta%C3%A7%C3%A3o-dos-bastidores e em breve também estará disponível na versão e-book na Amazon Kindle.
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