Alexei destacou no documento que, com a divulgação da não aprovação do orçamento pela Câmara, diversas categorias profissionais e prestadores de serviço manifestaram a intenção de interromper as atividades. O secretário relatou que os médicos do Hospital Nair Alves e da UPA já sinalizaram a possibilidade de paralisar parte dos atendimentos, incluindo casos de urgência e emergência. Ele ressaltou que, no último dia 4, a unidade não conseguiu manter a escala de obstetras, deixando o serviço descoberto.
Ainda conforme o secretário, a situação se agrava com a possível suspensão de contratos com fornecedores de medicamentos e insumos essenciais. Alexei pontuou que alguns prestadores já informaram a interrupção no fornecimento de materiais fundamentais para os pronto-socorros e centros cirúrgicos, o que coloca em risco o atendimento de urgência e emergência. “Esses casos podem resultar em consequências graves, inclusive a morte de pacientes, caso a assistência médica não seja mantida”, alertou ele.
Outro ponto crítico abordado no ofício é o impacto no Programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), que atende pacientes em tratamento de câncer e crianças com TEA. Alexei expressou preocupação com a possibilidade de suspensão dos serviços de transporte, essenciais para que esses pacientes tenham acesso ao tratamento especializado em outras cidades, como Salvador e Recife. O secretário reforçou que a interrupção desses serviços pode gerar danos irreparáveis e até óbitos.
Além disso, o secretário mencionou problemas com a manutenção da frota de veículos e o abastecimento, essenciais para o transporte sanitário de pacientes e equipes de saúde, especialmente para áreas rurais. Ele alertou que a falta de recursos já reduziu a frota de ambulâncias, com várias unidades fora de operação por falta de manutenção e conserto, colocando em risco o atendimento da população mais vulnerável.
O fornecimento de energia e água nas unidades de saúde também está ameaçado, segundo Alexei. A falta de pagamento dessas despesas essenciais pode comprometer as atividades de hospitais e postos de saúde, dificultando a assistência à população. Ele ressaltou que, sem a suplementação orçamentária, será inviável garantir a continuidade de serviços básicos, como o fornecimento de medicações para hipertensos, diabéticos e pessoas com transtornos mentais.
Ao final do ofício, Alexei Vinícius da Silva apelou aos vereadores para que reconsiderem a decisão e aprovem a suplementação orçamentária. O secretário frisou que a saúde e a vida da população de Paulo Afonso estão em risco e que a situação exige atenção imediata para evitar danos irreversíveis.
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