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A alta do dólar, que nesta terça-feira (22) ultrapassou R$ 4 pela
primeira vez na história, deve
derrubar o Brasil no ranking das maiores economias do mundo, elevar a dívida
externa das empresas em reais e pressionar os índices de inflação. A vantagem
da desvalorização do real será a melhora no setor externo, com uma redução do
déficit em transações correntes. Segundo ranking elaborado pela Austin
Rating, a escalada do dólar, associada ao baixo crescimento econômico, fará o
Brasil perder a 8ª posição entre as maiores economias globais. O cálculo foi
baseado em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), pesquisa Focus
(18/09/15) e câmbio desta segunda. Pelo ranking, o Brasil deve começar
2016 na 9ª posição, atrás do Canadá, que também vive uma recessão econômica. O
cenário é bem diferente daquele vivido pelo país no início da década, quando
desbancou o Reino Unido e se tornou a 6ª maior economia do mundo. Na época,
consultorias acreditavam que até 2025 o Brasil chegaria à 4ª
posição. "A queda contínua no ranking mostra que o país não consegue
sustentar seu crescimento econômico. Para o investidor, isso representa
incerteza de ter seu investimento de volta", afirma o economista-chefe da
Austin Rating, Alex Agostini. O lado positivo da alta da moeda americana
deve ser observado no setor externo. A expectativa é de que o déficit em
transações correntes diminua neste ano. A balança comercial, por exemplo, já
apresenta recuperação, embora o desempenho seja mais resultado da queda das
importações do que da melhora das exportações, que ainda vão levar algum tempo
para registrar expansão nos volumes vendidos.
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