No evento, em junho de 2024, ele contou como se converteu à religião evangélica e disse que o sucesso nos negócios começou a partir de setembro de 2022, quando ele teria começado a pagar o dízimo, estimulado por sua cunhada. Foi naquele mesmo ano, 2022, que a Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), da qual era presidente, celebrou acordo com o INSS para fazer descontos sobre aposentadorias.
“Ela [cunhada] falou assim: ‘Eu faço um desafio com você (sic). Você tem vários negócios, pega o seu menor negócio, aquilo que te rende menos, e você começa a dizimar’. Eu falei: ‘Ah, tá bom’. Aí eu fiz. Isso foi em setembro de 2022, dois meses depois naquele contrato, eu tive aumento de 25% da minha receita. Eu vi a mão de Deus, e aí eu comecei a entender o que é o dízimo”, disse Felipe Gomes no culto, realizado na igreja em Alphaville, na Grande São Paulo.
A Farra do INSS foi revelada pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Foi com base nelas que a Polícia Federal iniciou as investigações que resultaram na Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano. O escândalo levou às quedas do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), a Amar Brasil faturou R$ 143,2 milhões com descontos de aposentados, entre 2022 e junho de 2024. Em março de 2022, Gomes assinou o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS que autorizou os descontos. No primeiro ano, a entidade arrecadou pouco mais de R$ 1 milhão, mas o negócio decolou nos anos seguintes.
Por Metrópole
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