Pela primeira vez, cientistas identificaram uma região de clima árido no Brasil, trazendo à tona dados surpreendentes e alarmantes que têm uma explicação clara: as mudanças climáticas causadas pelo homem. De acordo com informações da Globo, esta área abrange quase 6 mil km² no centro-norte da Bahia, englobando as cidades de Abaré, Chorrochó, Macururé, além de partes de Curaçá, Juazeiro e Rodelas, municípios baianos que fazem fronteira com o sertão pernambucano.
O estudo, conduzido por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelou não apenas a existência dessa região árida, mas também destacou o avanço acentuado do semiárido pelo país. Nos últimos 60 anos, a taxa média de crescimento dessas áreas é alarmante, atingindo 75 mil km² a cada duas décadas.
Se nada for feito, a disponibilidade hídrica e as atividades agrícolas e pecuárias do país estarão ameaçadas. Em resumo, as principais conclusões dos estudos revelam um aumento generalizado da aridez em todo o país, exceto no Sul, devido ao aumento da evaporação associada ao aquecimento global.
No caso específico do semiárido, essas regiões estão se expandindo de forma acentuada, ultrapassando a taxa média de 75 mil km². No centro-norte da Bahia, pela primeira vez, foi identificada uma região árida, caracterizada pela forte escassez de chuvas. O estudo sugere que processos de desertificação, a degradação de áreas semiáridas, podem se acelerar nas próximas décadas, inclusive em outras regiões do país, como o Centro-Oeste.
Num país como o Brasil, este é um dado preocupante, pois pode trazer impactos significativos para a produção de energia e agropecuária nacional. A necessidade urgente de medidas para combater as mudanças climáticas e preservar o meio ambiente torna-se evidente diante desse cenário, ressaltam os pesquisadores. A descoberta reforça a importância de uma abordagem proativa para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger os recursos naturais do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário