Em nota, a empresa afirmou que, "lamentavelmente, a medida irá acelerar o processo de priorização de investimentos nas fábricas da Taurus nos Estados Unidos e na Índia, em detrimento aos investimentos que iriam gerar mais empregos e riquezas no Brasil".
Segundo a empresa, esse cenário vai levar brasileiros a importarem armas fabricadas pela empresa no exterior em vez de adquira-la no país.
A Taurus afirma ainda que a medida irá afetar a geração de empregos e a arrecadação de impostos, além de prejudicar seus clientes.
Na visão da empresa, a decisão de zerar a tarifa é ruim "para o Brasil e para os brasileiros", em especial nesse momento de grande crise econômica.
A Taurus é dona de uma fábrica na Georgia (EUA) e também tem programada uma futura operação na Índia.
Em nota enviada ao mercado, a empresa disse que o impacto da resolução não causará efeito significativo em suas operações, pois o mercado doméstico é inferior a 15% de suas vendas, cujas margens são inferiores às das exportações.
Às 13h desta quarta, as ações da empresa caíam 4,7%. Na véspera, os papéis haviam fechado com alta de 5,7%.
A Taurus declarou ainda que possui mais de 1,1 milhão de pedidos em carteira no mercado americano, o que representa oito meses de vendas.
No ano passado, representantes da indústria nacional de armas já reclamavam da discrepância tributária que prejudica o setor no Brasil em benefício de empresas estrangeiras.
A informação sobre a resolução foi publicada por Bolsonaro em suas redes sociais nesta quarta (9). Ele afirmou que a medida entrará em vigor a partir de janeiro do ano que vem.
O porte e a posse de armas são bandeiras do presidente e seus filhos desde a sua campanha eleitoral.
A expectativa é de que a iniciativa seja oficializada em reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior) marcada para esta quarta. O presidente incluiu a participação no encontro em sua agenda oficial. Não é comum a presença do chefe do Poder Executivo em encontros do órgão de comércio.
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