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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Corpos de moradores de Água Branca são velados no Ginásio de Esportes da cidade

Corpos de moradores de Água Branca são velados no Ginásio de Esportes da cidade
Os corpos das vítimas do acidente com o ônibus da empresa Localima, no município de Água Branca, começam a chegar no ginásio do município. Eles embarcaram na tarde de hoje (7), do aeroporto da Pampulha, na cidade de Belo Horizonte (MG), em direção a cidade de Paulo Afonso, na Bahia.

 

De acordo com informações obtidas pela reportagem do Radar Notícias, com o início da chegada dos corpos, pessoas passaram mal e precisaram ser levadas em ambulâncias, para unidades de Saúde.

 

De acordo com dados da prefeitura, o município registrou seis óbitos na tragédia ocorrida na última sexta-feira (4).




Entraram em óbito:

Amanda Lima Rodrigues – Povoado Serra do Cavalo;

Marcondes Teixeira Lima – Povoado Serra do Cavalo;

Izabel Cristina Melo Lima – Povoado Serra do Cavalo;

Cícero Jamerson Andrade da Silva – Povoado Quixabeira;

Ednaldo do Nascimento – Distrito Alto dos Coelhos;

Cícero de Oliveira Lima – Povoado Alto da Boa Vista.

 

Sobreviventes:

Rodrigo José da Silva;

Anderson Soares de Oliveira;

Vitória Cardoso e Cícero Neto Lima.



Adolescência interrompida

Lourival Manoel da Silva, que mora em um povoado da cidade de Água Branca, é tio de Cícero Jamerson, de 16 anos, que faleceu no acidente. “Nós ficamos sabendo do acidente pela televisão e não acreditamos na tragédia. Depois as notícias foram chegando e descobrimos que o meu sobrinho estava nesse ônibus. Ele estava indo a São Paulo para passar uns dias com o tio dele”, conta Lourival.

 

“Ele era um bom menino, estudava, ajudava nos deveres de casa e cuidava dos três irmãos mais novos. O pai os abandonou, a mãe tem distúrbios mentais e a avó é quem cuidava dele e dos irmãos. Ele falava que quando fizesse 18 anos ia trabalhar pra fazer uma casinha e ajudar a criar os irmãos. Um menino responsável que sonhava em coisas melhores para a família”, conta o tio.

 

“A gente esperava vê-lo voltar feliz, depois de ter abraçado o tio, mas não voltar assim, dentro de um caixão. Ninguém consegue mais dormir, desde o momento do acidente ninguém tem mais paz. Enquanto não ver o corpo, a gente não vai conseguir acreditar”, emociona-se Lourival.




Kleber Sandes é morador da cidade e conhecia todas as vítimas. Ele também é proprietário de uma funerária e disse que, em 15 anos de profissão, nunca se deparou com uma situação semelhante.

Outras duas cidades, Mata Grande e Delmiro Gouveia também registraram mortes. Ao todo, dezenove pessoas morreram na tragédia e várias ficaram feridas. Até o fechamento da edição, não foi informado o horário do sepultamento dos corpos.


OZILDO ALVES


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