DE MACURURÉ NA BAHIA PARA O MUNDO!

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A Eleição de Luiz de Deus está em dúvida!?

A Eleição de Luiz de Deus está em dúvida!?


Por José Ivandro*

A oposição, ou parte dela, levanta questionamentos quanto a legitimidade da eleição do prefeito Luiz de Deus, e baseiam-se em suposta compra de votos com a entrega de Cesta Básica, e outras vantagens supostamente ilegais pela prefeitura e por candidatos a vereador ligados ao executivo.

Outro tema abordado por opositores do prefeito é o fato de que a diferença sobre o segundo colocado fora pequena, e mais, que a soma dos votos dados aos seus adversários é superior a soma de votos que obteve sua excelência o prefeito reeleito.

Ora, vamos lá. Não sou o dono da verdade, mas abomino a mentira.
Todos os últimos prefeitos, desde o governo Paulo de Deus, foram acusados de fazerem a distribuição de cestas básicas no período eleitoral, o primeiro governo de Luiz de Deus também recebeu essas acusações, e inclusive o último de oposição, Raimundo Caires, que também teria feito a distribuição de tal auxílio no período supostamente proibido.
Naquela época também, denuncias aconteceram, veículos foram apreendidos, mas por fim ficou provado que esta distribuição fazia parte de um “Programa Governamental” de auxilio a população carente.
Foi assim com Paulo/Wilson; Raimundo, Anilton por duas vezes e agora novamente com Luiz. Tá errado? tá errado. Nada deveria ser distribuído durante o período eleitoral, mas ai vem o argumento principal utilizado por quem está no poder: Faz parte de um programa e o povo não pode ser prejudicado deixando de receber esses auxílios no período eleitoral, pois nesse período também precisam comer.
Uma verdade, embora nada impedisse que fosse antecipada, para não ter o efeito psicológico que tem em quem recebe a tão preciosa ajuda, caberia uma mudança na legislação eleitoral, mas parece que as pessoas perdem a memória no pós eleição.

Outra coisa, e dessa eu ouvi inúmeros relatos, de eleitores e de cabos eleitorais, foi a distribuição de dinheiro vivo, cestas básicas e vantagens as mais diversas, concretizadas ou prometidas, por candidatos a vereador de quase todos os partidos. Isso foi vergonhoso, e essa vergonha corre solta faz muito tempo, sem que providências concretas sejam tomadas pela justiça ou pelos políticos.
A compra de votos vadiou, e não foi de um lado só. Outras proibições também foram desrespeitadas flagrantemente sem que nenhuma punição tenha sido dada até o momento aos transgressores.
O desrespeito ao limite de gastos, limite ridículo por sinal, que foi ultrapassado com facilidade por muitos candidatos, notadamente os de maior poder aquisitivo, que utilizaram recursos superiores ao valor permitido para a campanha, e como a justiça eleitoral não tem as condições necessárias para uma fiscalização eficaz, com marcação cerrada sobre as campanhas, a gente percebe que houve sim abuso do poder econômico na eleição de vereador, e isso interferiu na vontade do eleitor. Poucos foram os candidatos a vereador que fizeram uma campanha limpa.
Eu digo que isso ocorreu, não tenho provas, e porque não as tenho não cito nominalmente ninguém.

Mas o principal ponto colocado por setores da oposição é de que o prefeito não obteve votação tão expressiva e vantagem tão grande sobre o segundo colocado, e para piorar perderia para a soma total de votos dos opositores, e, em razão disto sua eleição seria ilegítima.

Baboseira maior não poderia ser dita. A eleição de prefeito nas cidades com menos de 200 mil eleitores é simples e não tem segundo turno. Além disso ninguém tem bola de cristal e o poder de dizer pra onde seguiria o eleitor se segundo turno houvesse. Poderia dar Galinho? poderia. Mas poderia dar Luiz do mesmo jeito. Não esqueçam que Anilton saiu da base de Luiz e muitos de seus seguidores, seguiam antes o atual prefeito.

Mas, além das possibilidades eleitorais de um suposto segundo turno, que não é o caso de Paulo Afonso, tem que se respeitar a democracia, e respeitar a democracia é submeter se as regras do jogo, aceitando o resultado sem lamúrias e choradeiras inúteis.
Luiz de Deus ganhou a eleição, foi o mais votado entre os concorrentes, e como manda a lei eleitoral vai ser diplomado e empossado por direito.

Se houve algum tipo de ilegalidade na eleição de prefeito e que tenha sido devidamente comprovada, que seja então punida. Se não houve, ou não se tem provas de atos que justifiquem agora a cassação do futuro mandato do prefeito, que seja respeitada a decisão popular.
O papel da oposição agora é de inicialmente respeitar o resultado da eleição, e depois fazer uma oposição responsável, propositiva e consequente.


Tribuna Mulungú


Nenhum comentário:

SEGUIDORES DO BEIRA RIO NOTÍCIAS