O
advogado Felisberto Odilon Córdova, que na última quinta-feira (3) acusou um
desembargador de Santa Catarina de ter pedido R$ 750 mil em propina para julgar
causas em seu favor, disparou contra a Justiça baiana em entrevista à CBN.
À rádio,
Felisberto destacou que é preciso preservar as instituições, mas que isso não
significa que dentro delas não haja “maçãs podres”. Ao ser perguntado se já
recebeu ameaças, ele confirmou: “de outros tribunais”.
Salientando
que o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) “ainda é dos melhores” do
país, Córdova critica o TJ-BA: “Nós conhecemos tribunais, como o da Bahia, que
são podres inteiramente. Talvez não tenha 10% de juiz honesto lá dentro”.
AMAB emite nota de repúdio após advogado
dizer que TJ-BA não tem ‘10% de juiz honesto’
A
Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) divulgou uma nota de repúdio, após
as declarações do advogado Felisberto Odilon Córdova, de que o Tribunal de
Justiça da Bahia é “podre” e que não tem “10% de juiz honesto lá dentro”.
Segundo a
entidade, que congrega os juízes e desembargadores da Justiça estadual, as
palavras do advogado catarinense são “insinuações de cunho difamatório” e
“mostram desequilíbrio e preconceito”. Destacando que o acusador não apresentou
dados concretos ou informações comprobatórias, a AMAB diz que, para “minimizar
o afronte cometido contra o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Felisberto
Odilon Córdova “faz comparações abstratas com o Tribunal de Justiça da Bahia e
generaliza agressões, de forma gratuita, aos magistrados baianos”.
A nota de
repúdio diz ainda que a afirmação do advogado “tenta apontar superioridade
ética e profissional dos juízes catarinenses contra os baianos, e mostra, de
forma desrespeitosa, atitude preconceituosa não apenas contra o Judiciário do
nosso estado mas a toda a população da Bahia”. A associação diz ainda que as
“ilações” do profissional do direito sobre o estado e o cotidiano que “pouco
conhece” causa “tristeza e indignação”.
A AMAB
garante que, em nome dos magistrados baianos, tomará medidas jurídicas cabíveis
e exigirá comprovação das acusações. “É preciso passar a limpo o fato, em
respeito a todos os juízes sérios, éticos e trabalhadores que atuam neste
estado”, encerra a nota de repúdio.
OZILDO ALVES
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