NÃO HOUVE DESFILE PORQUÊ? EXISTEM RESPOSTAS?
Eu,
Naldinho Beira Rio, gerenciador deste Portal de Notícias, venho através desta matéria
relembrar aos Diretores de Colégios e Escolas do município de Macururé os fatos
que antecederam e que culminaram no marco tão importante para a história do País.
Conhecido como o Dia da Independência, 7 de
Setembro é um feriado marcado por eventos como desfiles cívico-militares por
todo o País, aos quais milhares de pessoas comparecem. Mas qual foi a
estaca zero dessa tradição?
CONFIRAM ABAIXO, EM ORDEM CRONOLÓGICA, OS
ACONTECIMENTOS QUE CULMINARAM NESSA DATA HISTÓRICA:
1. ANTECEDENTES
SEPARATISTAS
No fim do
século XVIII, rebeliões como a Inconfidência Mineira, em 1789, e a Conjuração
Baiana (1798) eclodiam, com objetivo de romper a dominação portuguesa sobre o
Brasil e estabelecer a independência.
A
inconfidência mineira, da qual participou Tiradentes, foi liderada por
mineradores e coronéis, e a Conjuração Baiana, conhecida também por Revolta dos
Alfaiates, por brancos e negros pobres. Ambas, no entanto, foram violentamente
reprimidas pelos governos dos Estados.
2. CHEGADA DA FAMÍLIA
REAL
Do outro lado
do mundo, a tropa francesa de Napoleão Bonaparte conquistava vários países da
Europa e proibia relações comerciais com sua última grande inimiga: a
Inglaterra. Portugal não aderiu às determinações de Napoleão, e o francês
invadiu seu território, obrigando Dom João e a corte a fugirem para o Brasil.
Eles chegaram aqui em 22 de janeiro de 1808, escoltados por navios ingleses.
3. PRIMEIRO VISLUMBRE
DE LIBERDADE
Como
recompensa pela proteção oferecida, a Inglaterra exigiu que o Brasil tivesse
relações comerciais com o país europeu. O comércio brasileiro era, até então,
restrito a Portugal.
A abertura
dos portos para nações amigas permitiu que o Brasil começasse a se emancipar
economicamente de sua metrópole, afinal, Portugal não tinha condições de
competir com a potência comercial dos ingleses.
Um mês
depois de sua chegada, Dom João organizou a estrutura administrativa do
governo: nomeou ministros de Estado, criou órgãos públicos, instalou tribunais
de justiça e criou o Banco do Brasil.
Essas
medidas e outras, culturais e econômicas, contribuíram para a emancipação
política brasileira. O País foi elevado à categoria de sede administrativa das
relações com a metrópole. Na prática, isso significava autonomia também no
âmbito administrativo.
4. REVOLUÇÕES LÁ E CÁ
Altos
impostos, a fome causada pela grande seca de 1816 e o luxo da corte portuguesa
provocaram indignação e levaram à Revolução Pernambucana. Inspirados pela
Revolução Francesa, vários grupos de interesses diversos participaram do
movimento, mas havia um objetivo unânime: a Proclamação da República.
O
governador, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, ordenou a prisão dos
revoltosos, mas a medida teve o efeito contrário: além de resistir à repressão
militar, os rebeldes prenderam o governante e tomaram o poder.
Durante 75
dias, os revolucionários permaneceram no poder, até serem dura e violentamente
atacados por tropas, armas e navios enviados pelo próprio Dom João. Eles
cederam em 19 de maio de 1817.
Anos
depois, líderes da Revolução Liberal, em Portugal, tomaram o poder na
metrópole, obrigando, assim, Dom João e a corte a retornar para seu país de
origem, em 26 de abril de 1821. O herdeiro, Dom Pedro, assumiu o governo.
5. DUELO DAS ELITES
A
burguesia portuguesa tomou medidas que limitavam a autonomia brasileira e
enfraqueciam a autoridade de Dom Pedro e, além disso, exigia a volta do
príncipe regente a Portugal.
Do lado de
cá, comerciantes e donos de terra sentiram que as medidas ameaçavam seus
negócios. Resolveram, então, apoiar Dom Pedro e incentivá-lo a desobedecer as
ordens que chegavam de Lisboa.
Nesse
contexto, foi criado o Partido Brasileiro, organizado para enfrentar e resistir
ao projeto do governo português de recolonizar o País.
6. DIA DO FICO
Em 9 de
janeiro de 1822 e com todo o suporte do Partido Brasileiro, Dom Pedro tomou a
decisão definitiva sobre as ordens da corte para que retornasse.
A
declaração é replicada até hoje nos livros de história. “Como é para o bem de
todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico”. Por
conta do discurso, o episódio ficou conhecido como Dia do Fico.
7. RUPTURA DEFINITIVA
Apesar da
decisão de Dom Pedro, os confrontos com a corte portuguesa permaneceram e
chegaram ao ponto de, sempre amparado pelas elites e o Partido Brasileiro, o
príncipe regente determinou a ruptura política entre Brasil e Portugal.
Em 7 de
setembro de 1822, foi proclamada, oficialmente, a independência do Brasil, em
São Paulo. Quando regressou ao Rio de Janeiro, Dom Pedro foi aclamado imperador
e coroado com o título de Dom Pedro I, em dezembro de 1822.
"DIREITO DE RESPOSTA À DISPOSIÇÃO, MESMO PORQUE TODA A POPULAÇÃO SE PERGUNTA BUSCANDO UM PORQUE."
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