A Câmara
de Combate à Corrupção da Procuradoria-Geral da República (PGR) desarquivou uma
investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do
mensalão. O petista voltou a ser investigado por causa de suposto pagamento de
US$ 7 milhões da Portugal Telecom para o PT quitar dívidas de campanhas
eleitorais.
A acusação foi feita pelo operador do mensalão, Marcos Valério, e
levou à abertura de um inquérito pela Polícia Federal em 2013. Dois anos depois
a PF concluiu que não havia indícios das transações e a Procuradoria da
República no Distrito Federal (PRDF) pediu o arquivamento das investigações em
setembro de 2015.
A Justiça Federal discorou do arquivamento e o caso precisou
ser decidido pela Câmara de Combate à Corrupçã. De acordo com O Globo, em
reunião de 29 de junho deste ano, o colegiado decidiu que os autos deveriam
retornar à PRDF para continuidade das investigações, que já foram retomadas
desde o último dia 4. Segundo depoimento de Valério, Lula e o ex-ministro
Antonio Palocci (Fazenda) teriam negociado pessoalmente o repasse do dinheiro
em um acerto no Palácio do Planalto.
Contas no exterior teriam sido indicadas a
Miguel Horta, executivo da Portugal Telecom, para que ele providenciasse os depósitos.
Na ocasião, mais de 20 pessoas foram ouvidas pela PF, entre elas Palocci, Horta
e o ex-ministro José Dirceu.
Em resposta, o Instituto Lula afirma que o caso da
Portugal Telecom foi investigado ao longo de anos pelos Ministérios Públicos do
Brasil e de Portugal e foi arquivado nos dois países por falta de provas.
"Não há fatos novos que justifiquem a reabertura do caso", disse a
assessoria do instituto.
BAHIA NOTÍCIAS
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