Rogério Stanzel e Letícia Santos estavam
juntos há seis anos e tinham uma filhinha de dois anos.
A
rotina do casal Letícia Santos, 30 anos e Rogério Stanzel– juntos há seis anos
– seguia tranquila durante toda manhã de domingo (04). Ele foi trabalhar no
Ceasa, no BTN II – e ela, numa churrascaria próxima ao box dele. Depois
do trabalho, já na segunda tarde do dia, quiseram aproveitar a tarde com almoço
na Prainha. Passaram algum tempo, Letícia se despediu do marido e seguiu para
pegar a filha. Foi a última vez que ele a viu com vida. Passava pouco
mais das 16 horas, e Letícia, ao se aproximar da sua residência no bairro São
Vicente, foi abatida com um tiro fatal, disparado por um dos homens que estavam
numa moto. As câmeras da casa filmaram tudo. Segundo informações de Rogério,
depois de falar com a polícia, a companheira pode ter sofrido o disparo quando
ainda estava guiando sua moto, uma Shineray. Letícia Santos foi
sepultada na tarde desta terça-feira (06), depois que seus familiares chegaram
para acompanhar o velório. Rogério, recebeu a reportagem do portal PA4, em sua
casa, e falou com exclusividade.
″Como é difícil entrar nessa casa, meu
Deus!”, diz Rogério aos repórteres do site PA4.COM.BR.
Desde
o ocorrido, ele não dorme, não come, não vive. ″Como é difícil entrar nessa casa,
meu Deus!″ disse ao abrir a porta. Antes de Rogério, encontramos os vizinhos do
casal. ″Ela era alegre, divertida, ninguém consegue entender o que aconteceu″,
disse uma. ″A delegada (Antônia Jane é a responsável pelo caso),
acredita que quando ele a empurrou, ela já havia sido atingida ali, se
prestarmos atenção na imagem, você vê que o cachorro está balançando o rabinho
para ela – já era acostumada com ela – a cachorrinha corre antes, e você ouvi o
barulho, com certeza foi a hora do tiro″, diz Rogério, que hoje foi ouvido pela
polícia. ″Eu entreguei tudo, Câmeras, celulares, o meu e o dela″, completa.
A shineray levada pelos assassinos foi encontrada algumas horas depois,
por volta das 18 horas, no Rio do Sal área rural de Paulo Afonso. ″Eu até perguntei
se não tinha como fazer a perícia, colher as digitais, eu sei que teria a
minha, a dela, talvez a da polícia, e uma quarta seria a do assassino″,
questiona.
As
últimas palavras de Rogério na entrevista foram para pedir justiça: “Justiça.
Se não for a daqui a de Deus vem, e a de Deus é divina.”
″Minha filha chora, ela já tinha
aprendido a falar ‘mamãe’ ‘papai’, diz Rogério, incrédulo. Os outros irmãos,
segundo informou, viverão com a família de Letícia e ele criará sua filha.
Você é comerciante, achava que
poderia acontecer um assalto aqui?
Não. Na prainha não, acho que
mostrei o vídeo a umas cem pessoas, para ver as características, até a sandália
eu gravei, porque as pequenas coisas a gente pode achar, mostrei tudo a
delegada.
A polícia trabalha com outras linhas
de investigação, e você, marido, que sabia da sua rotina, você imagina que
possa ter tido um outro motivo?
Não. E assalto também é suspeito,
pois eles já seguiam ela, acreditamos que da Prainha, ela chega e tinha esse
costume de subir na calçada, ela se assustou.
E agora, o que fazer da vida?
Ave Maria! Eu não aguento ficar aqui
dentro de casa. Minha filha está com minha irmã, minha última refeição eu fiz
com ela, no restaurante.
O que você espera das autoridades?
Justiça. Se não for a daqui a de
Deus vem, e a de Deus é divina.
OZILDO ALVES
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