Senador teria justificado o pedido
dizendo que precisava de dinheiro para custear defesa na Lava Jato. Informação
é do jornal 'O Globo'
O empresário Joesley Batista,
dono da JBS, maior processadora de carne do mundo, teria
gravado o senador e presidente do PSDB Aécio Neves (MG)
pedindo 2 milhões de reais sob a justificativa de custear sua
defesa na Operação Lava Jato. A informação foi publicada no início da noite
desta quarta-feira pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Na gravação de
Batista, que fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da
República, ao lado de seu irmão Wesley Batista e outros cinco executivos da
JBS, Aécio teria sugerido que o dinheiro fosse entregue a um primo seu. De
acordo com o jornal, o presidente do PSDB teria dito ao empresário que o valor
custearia o trabalho do advogado Alberto Zacharias Toron. “A menção ao
advogado já havia sido feita pela irmã e braço-direito do senador, Andréa
Neves. Foi ela a responsável pela primeira abordagem ao empresário, por
telefone e via WhatsApp (as trocas de mensagens estão com os procuradores)”,
diz a reportagem.
“Se for você a pegar
em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança,
mando alguém da minha confiança”, teria dito Joesley ao tucano. “Tem que ser um
que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu.
Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E
você vai me dar uma ajuda do caralho”, teria respondido Aécio, em uma suposta
referência a seu primo Frederico Pacheco de Medeiros.
A conversa teria
durado 30 minutos e foi gravada em um hotel em São Paulo.
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