O
domingo de Carnaval será acompanhado de um espetáculo a mais: um eclipse do Sol
que poderá ser admirado de quase todas as regiões do país. Em algumas partes do
globo como o sul do Chile, Argentina e África ele será total (quando a Lua
encobre o Sol completamente), mas, aqui no Brasil, será parcial e uma meia-lua
luminosa poderá ser vista no céu. O fenômeno deve atingir seu ponto máximo
entre 11h e 12h30 e pode durar até 3 horas, dependendo da localização do
observador.
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Estados mais ao sul terão uma visualização melhor do eclipse –
mas isso não impede que outras regiões possam ver pelo menos uma parte da Lua
encobrindo o Sol. Segundo o astrônomo Gustavo Rojas, da Universidade Federal de
São Carlos (UFSCar), apenas algumas partes do Maranhão, Tocantins, Mato Grosso,
Rondônia e Pará não conseguirão ver nada. “De maneira geral, quanto mais ao sul
do país, maior a fração do Sol que será encoberta pela Lua”, afirma. De acordo
com ele, em alguns estados a sombra da Lua poderá ocultar até 70% do Sol.
O horário máximo do eclipse também varia de acordo com a posição
de quem observa. “A sombra da Lua se desloca do Oeste para o Leste. Portanto,
os territórios mais a Oeste verão o fenômeno antes do que as regiões mais
próximas do oceano”, diz Rojas. Cidades que ficam perto das fronteiras com a
Argentina e o Paraguai poderão observar o auge do eclipse por volta das 11h,
enquanto em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília isso acontece um
pouco mais tarde, em torno das 11h30. Os últimos a ver o eclipse serão os
observadores da Paraíba e do Rio Grande do Norte, que só poderão admirá-lo
perto das 12h30. “Vale a pena estar de prontidão pelo menos meia hora antes
destes horários para acompanhar o desenrolar da fase máxima do eclipse parcial”,
comenta o astrônomo.
COMO SE PREPARAR
Alguns cuidados, no entanto, são necessários na hora de assistir ao
espetáculo. Os astrônomos orientam os observadores a nunca olhar diretamente
para o Sol, pois intensa radiação solar pode danificar a visão em instantes.
Para poder admirar o eclipse sem riscos, Rojas sugere utilizar um vidro de
máscara de solda – os mais espessos, de tonalidade 14, fornecem a proteção
adequada. Outros materiais caseiros como óculos escuros, chapas fotográficas
veladas e chapas de raios-x não devem ser usados com essa finalidade.
Para quem quiser uma maior precisão, o astrônomo também indica
verificar o horário exato em que o eclipse irá ocorrer na sua cidade com a
ajuda de um software planetário. “Também vale a pena procurar na sua região uma
observação pública do eclipse. Muitos observatórios e clubes de astronomia irão
promover eventos”, afirma.
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