Com grande repercussão na mídia
dessas bandas, o jornal New York Times, em editorial de capa, escreveu que “o
Brasil é medalha de ouro em corrupção”. Não levou 24 horas e o país demonstra
que é mesmo campeão nesta modalidade, ao dar a resposta na manhã desta
terça-feira (7), num abalo quase sísmico. O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, encaminhou de uma só vez, pedidos ao Supremo Tribunal Federal
(STF) para levar à prisão o presidente do Senado, Renan Calheiro, o
ex-presidente da República, José Sarney, o senador Romero Jucá e, para
completar o quarteto, o presidente afastado da Câmara pelo próprio STF, Eduardo
Cunha, que continua dando ordens aos seus comandados. O pedido de prisão feito
por Janot de certo modo chocou, mas positivamente, a opinião pública. Não se
esperava tamanho impacto. É exatamente o que o New York Times escreveu em
relação à medalha de ouro da corrupção que o país tem demonstrado. O
impacto que o procurador-geral da República agora impõe, está moldado na sua
coragem para corrigir a terrível fase que o país atravessava (ou ainda atravessa)
e dela terá que sair. O procurador toca nos grandes da República,
principalmente em Sarney que deve ter tomado um susto que jamais imaginaria,
seja na condição de ex-presidente, de ex-comandante em chefe do Maranhão, e de
político que esteve sempre no auge. Precisava-se que algo assim acontecesse
para se estabelecer uma mudança que nunca houve. Trata-se, portanto, de uma
nova fase da democracia, que dá um giro de, no mínimo, 180 graus. O mesmo abalo
sísmico que está no início deste comentário. Os corruptos que nunca dantes
tinham se encolhido, agora terão medo, exatamente porque o país está em
processo de mudança. Os corruptos, portanto, temerão. Se cai Sarney (Renan
Calheiro, Eduardo Cunha e Jucá já eram esperados) como não apostar nesta
mudança? Não só parte do procurador-geral, Rodrigo Janot, mas também da
força da Operação Lava-Jato que o quarteto corrompido procurou caminhos para
derrubar. Não deu certo. Agora se espera que o Brasil siga em frente. O caminho
chega através da Lava-Jato.
BAHIA NOTÍCIAS
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