O laudo da perícia
do caso do estupro da jovem de 16 anos no Rio diz que a demora da jovem em
acionar a polícia e em fazer o exame foi determinante para que não fossem
encontrados indícios de violência.
Além
do resultado do exame de corpo de delito, a polícia também fez uma perícia no
vídeo que foi divulgado nas redes sociais. O Chefe de Polícia Civil, Fernando
Veloso, disse que a perícia feita no vídeo traz respostas que podem contrariar
o senso comum que vem sendo formado pelas pessoas sobre esse caso.
Algumas
informações que estarão no laudo realizado sobre o vídeo divulgado nas redes
sociais do caso de um estupro coletivo que teria ocorrido em uma comunidade na
Zona Oeste do Rio. O chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, informou que o
laudo pode trazer novas informações sobre o caso.
“Não
há vestígios de sangue nenhum que se possa perceber pelas imagens que foram
registradas. Eles [os peritos] já estão antecipando, alinhando algumas
conclusões quanto ao emprego de violência, quanto à coleta de espermatozoides,
quanto às práticas sexuais que possam ter sido praticadas com ela ou não.
Então, o laudo vai trazer algumas respostas que, de certa forma, vão contrariar
o senso comum que vem sendo formado por pessoas que sequer assistiram ao
vídeo”, concluiu Veloso.
A
menor de 16 anos de idade que teria sido vítima de um estupro coletivo em uma
comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro entrou no Programa de Proteção a
Crianças e Adolescentes ameaçados de Morte (PPCAM), executado pela Secretaria
de Direitos Humanos do Estado do RJ. A adolescente já saiu de casa e está em um
local que não foi divulgado, como informou a Globo News.
ADVOGADA
DISPENSADA
No
fim da tarde deste domingo (29), a advogada Eloísa Samy Santiago informou que a
família da menor, que teria sofrido violência sexual de 30 homens dispensou os
seus serviços.
“Hoje
à tarde recebi pelo WhatsApp um aúdio da avó da adolescente me agradecendo pelo
meu empenho e dedicação ao caso, mas dispensando a continuidade dos meus
serviços em razão da família agora estar sob os cuidados e a proteção da
Secretaria de Direitos Humanos do Estado”, afirmou Eloísa em uma postagem em
uma rede social.
Neste
domingo (29), toda a coordenação da investigação do caso de estupro coletivo da
adolescente passará para a ser conduzida pela Delegacia da Criança e
Adolescente Vítima (DCAV), afirmou o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso:
"Em
razão desse elevado desgaste que o delegado [Alessandro Thiers, delegado
titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI)] está tendo,
a gente vai avaliar se houve falta de habilidade dele na questão do trato com a
vítima, ou não. Até para tentar preservar o delegado e garantir a
imparcialidade da investigação, para que a gente não tenha que enfrentar
discussão sobre a investigação ser conduzida de forma imparcial", disse
Veloso.
Com
informações do G1, as investigações estão agora sob a responsabilidade de
Cristiana Bento, delegada titular da DCAV, que já acompanhava as investigações.
"Os
autos estão indo para a mão dela. Estarão com ela ainda hoje. Já conversamos e
ela vai se inteirar de todas as provas já colhidas e materializadas; e amanhã,
a delegada irá se manifestar quanto à necessidade, ou não, de alguma medida
cautelar, seja ela de prisão ou não. Mas pode ser se manifestar hoje
ainda", informou o chefe de Polícia Civil.
Nesta
segunda-feira (30), de acordo com Veloso, a delegada Cristiana Onorato dará
mais informações sobre o caso durante coletiva de imprensa. "Vamos fazer
um balanço amanhã. A dra. Cristiana já vai se manifestar quanto a decisões
tomadas", afirmou.
OPERAÇÃO NA ZONA
OESTE
A
Polícia Militar realizou na manhã deste domingo uma operação nas comunidades de
São José Operário e Covanca, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, para, entre
outros objetivos, buscar suspeitos de participação no caso da adolescente que
denunciou ter sido vítima de um estupro coletivo envolvendo 33 homens. Setenta
policiais participaram da ação.
Veloso
comentou a operação: “Quanto à operação de hoje. Ela é uma de uma série. Há
interesse que sejam ouvidas quaisquer pessoas que tenham alguma relação, algum
tipo de ligação com o tráfico daquela localidade. Só aconteceu daquela forma
que foi descrita, que está sendo investigada, porque o tráfico de drogas, de
alguma maneira, permitiu isso”.
MSN NOTÍCIAS
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