Lívia de Oliveira afirma que desde o mês de janeiro apresenta sintomas. Infecção pelo vírus é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue.
Desde o mês de janeiro, a autônoma Lívia de Oliveira, moradora de Riachão do Jacuípe, a 180 quilômetros de Salvador, diz apresentar os sintomas da febre chikungunya. Com fortes dores pelo corpo, ela conta que chegou a passar 45 dias em casa, sem conseguir ir trabalhar.
"Sentia várias dores, não aguentava e ficava na cama. Tinha muita febre e manchas pelo corpo. Fui ao médico e ele disse que era chikungunya", afirmou.
A Bahia é o estado brasileiro com maior número de infecções pelo vírus. Segundo balanço feito pelo G1, de janeiro a abril deste ano foram registradas 1.054 ocorrências da doença. No Brasil, no mesmo período, foram 1.978 casos (leia a reportagem).
Lívia afirma que foi medicada, mas que, passado o período crítico da doença, ela ainda sente dores. "Parecia que estava toda quebrada: braço, pernas... não conseguia levantar. Nunca senti dor assim. Depois melhorei, mas até hoje sinto dores na perna", complementou. Lívia disse que melhorou após ir ao médico e ser aconselhada a ingerir muito líquido.
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O marceneiro Roberto da Silva, de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, foi outra vítima. Ele afirma ter passado um mês de repouso devido à doença e disse que a dor era tanta "que não conseguia sequer vestir a camisa por falta de força nos braços".
Silva explica que já contraiu a dengue e, ao comparar os sintomas, afirma que os da febre chikungunya são muito piores. "Não desejo isso a ninguém", complementou. Além dele, sua esposa, mãe e duas irmãs também foram infectadas.
Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e também pelo Aedes albopictus. A doença provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos.
A infecção pelo vírus chikungunya é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e também pelo Aedes albopictus. A doença provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos.
No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.(Informações do G1).
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