Fonte: Euclides.Com
Por Jaciel Correia
em 28/11/2012 08:41:28, lido 729 vezes.
No
final da tarde de segunda-feira (26), centenas de pessoas participaram
de cortejos na cidade de Euclides da Cunha, dando adeus a duas jovens.
Trata-se dos sepultamentos de duas euclidenses que perderam suas vidas
no domingo, 25, Diana Silva Nobre e Eliana Moreira Macêdo. Mais que duas
mulheres, duas mães vítimas de casos trágicos que causaram grande
repercussão e tristeza na cidade e na região.Como é de conhecimento de todos, inclusive noticiado neste site, Eliana Moreira Macêdo foi a vítima fatal de um acidente com veículo na BR 116/Norte quando retornava da capital baiana com sua família. Já Diana Silva Nobre teve sua vida ceifada pelo próprio companheiro em um bar, explicitamente um crime passional, coincidentemente no Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher (25/11). Com isso, seis crianças ficam órfãs de suas mães, sendo três de Eliane e três de Diana, restando assim apenas saudades de tudo lhes fora ensinadas e indignação dos fatos ocorridos, essencialmente pela crueldade do crime envolvendo Diana e, no outro caso, a provável imperícia que pode ter provocado o acidente em que Eliana esteve envolvida.
O adeus a Eliana Moreira Macêdo
Uma
grande quantidade de pessoas de diversas localidades deram o último
adeus a Eliana Macêdo. Durante o dia, parentes e amigos acompanharam-na
no velório em sua residência, na Rua José Lopes de Moura, bairro Caixa
D’água. Na expressão destes havia muita tristeza e lamentação pelo
ocorrido. Diversas autoridades do município também estiveram neste
último momento da presença da jovem, ainda que sendo velada. Eliana
Moreira Macêdo era conhecida como “Eliene”, deixou três filhos (um de 1
ano, um de 4 anos e um de 17 anos), irmãos, mãe e pai. Formada em
contabilidade, veio de Salvador para morar em Euclides da Cunha há
poucos anos, onde morava com a família.Dentro do horário previsto o cortejo começou por volta das 17h, no qual pessoas acompanharam-na até o Cemitério Municipal São José, onde foi sepultada às 17h20 sob aplausos, apesar do pranto, por tudo que tem representado para a família, amigos, conhecidos e admiradores.
Em poucas palavras, o pai de Eliana falou do que perdeu: “tudo”. Para ele, Eliana sempre foi uma pessoa amiga, carinhosa, meiga, inteligente, estudiosa e que sempre queria o bem para as pessoas. Ele ainda disse que jamais imaginou que isso poderia acontecer em sua vida, perder uma pessoa que sabia o que era o amor, sabia o que era ser uma grande mãe, uma pessoa que todos a amavam.
O adeus a Diana Silva Nobre
Centenas
de parentes e amigos deram o último adeus a Diana Nobre no final da
tarde de segunda-feira (26). O corpo de Diana foi velado na casa da
família até aproximadamente às 16h20. Em seguida, diante de muita
tristeza e indignação, familiares, amigos, conhecidos, colegas de
estudo, educadores, entres outras pessoas, prosseguiram com o cortejo
até o Cemitério Municipal São José, onde Diana foi sepultada por volta
das 17h30. Lá, muitas pessoas que acompanharam o cortejo de Eliana
também aguardaram a chegada do corpo de Diana, momento pelo qual muitas
pessoas se comoveram mais ainda.Diana Silva Nobre, uma jovem de 27 anos de idade, estudante, tinha três filhos – ainda crianças (com 7, 8 e 9 anos de idade), e deixou também irmãos e pais.
Inconformado com a situação, o pai de Diana relatou que perdeu não apenas uma filha, perdeu “tudo”, perdeu tudo que menos esperava e de forma inesperada. Uma pessoa que representava tudo de bom para os familiares e amigos de diversas localidades da cidade e da zona rural, uma mãe carinhosa que sempre soube cuidar dos filhos e que enquanto filha jamais dera trabalho aos pais.
Considerações
De forma lamentável, o dia 25 de novembro de 2012 foi marcado por muita dor e tristeza com momentos de comoção e inconformidade de famílias, amigos, colegas e admiradores das vítimas deste dia. Um dia em que o Chão Vermelho (nome do bairro) ficou com o chão vermelho – fato envolvendo Diana, marcado de sangue, como resultado trágico de violência contra a vida humana.
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