Os números revelam que, a partir de 2023, a dívida brasileira alcançou 85% do Produto Interno Bruto (PIB), colocando o país no topo do ranking de endividamento na região. A Argentina, que ocupava a primeira posição, tem uma dívida pública de 84% do PIB.
O Tesouro Nacional, juntamente com o Banco Central e a Previdência Social, anunciou nesta última segunda-feira (29) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou o ano de 2023 com um déficit primário de R$ 230,5 bilhões.
Este valor representa o segundo maior déficit na história do país, ficando atrás apenas do registrado em 2020, ano marcado pelo início da pandemia de Covid-19, quando o déficit atingiu R$ 940 bilhões.
N´s fatores
O aumento da dívida pública brasileira é resultado de uma série de fatores, incluindo a pandemia de Covid-19, que levou o governo a aumentar os gastos públicos para conter a crise econômica; a queda da arrecadação tributária, que foi impactada pela pandemia e pela inflação; e o aumento dos juros, que elevou os custos do serviço da dívida.
O déficit primário do governo brasileiro também contribuiu para o aumento da dívida pública. O déficit primário é caracterizado pela diferença negativa entre as receitas e despesas do governo, excluindo-se os gastos com juros da dívida pública.
Em 2023, o déficit primário do governo brasileiro foi de R$ 230,5 bilhões, o segundo maior da história do país.
Consequências
O aumento da dívida pública brasileira é um problema de longo prazo que pode ter consequências negativas para a economia do país. O elevado nível de endividamento limita o espaço fiscal do governo para investir em áreas importantes, como educação, saúde e infraestrutura. Além disso, pode aumentar a vulnerabilidade do país a choques externos, como crises econômicas ou mudanças nos juros globais.
O governo brasileiro tem adotado medidas para tentar reduzir o déficit público e a dívida pública. No entanto, essas medidas ainda não surtiram o efeito desejado. Será necessário um esforço conjunto do governo, do Congresso Nacional e da sociedade civil para enfrentar esse desafio.
Por Didi Galvão
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