O jovem Ruan Rocha da Silva, de 19 anos, que teve a frase "Eu sou ladrão e vacilão" foi condenado nesta terça-feira, 11, a quatro anos e oito meses de prisão
O
jovem Ruan Rocha da Silva, de 19 anos, que teve a frase "Eu
sou ladrão e vacilão" tatuada à força em 2017, foi condenado
nesta terça-feira, 11, a quatro anos e oito meses de prisão em
regime semiaberto por ter sido flagrado em fevereiro deste ano
furtando R$ 20, um moletom e um celular em um posto de saúde de São
Bernardo do Campo, no ABC paulista. A decisão é da juíza Sandra
Regina Nostre Marques, da 1ª Vara Criminal da cidade da Grande São
Paulo.
Segundo
o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o rapaz foi interrogado
nesta terça durante uma audiência de instrução na qual foram
ouvidas duas testemunhas. "Após debates orais, a sentença foi
proferida", informou, em nota, o TJ-SP. "O réu foi
condenado à pena de 4 anos e 8 meses de reclusão em regime
semiaberto e 11 dias-multa."
Rocha
foi preso em flagrante quando tentar levar os pertences em São
Bernardo. No ano passado, o jovem também havia sido detido por
furtar cinco frascos de desodorante em um supermercado de Mairiporã,
na região metropolitana de São Paulo.
Tortura
O rapaz ficou conhecido depois de ter a frase escrita na testa pelo tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis e o vizinho dele, o pedreiro Ronildo Moreira de Araujo, em 31 de maio de 2017, em São Bernardo.
O rapaz ficou conhecido depois de ter a frase escrita na testa pelo tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis e o vizinho dele, o pedreiro Ronildo Moreira de Araujo, em 31 de maio de 2017, em São Bernardo.
A
dupla alegou que pretendia aplicar uma lição no adolescente, então
com 17 anos, por este ter tentado furtar uma bicicleta adaptada para
deficiente físico. Os agressores prenderam o rapaz em uma sala e
filmaram a "punição", postando o vídeo nas redes
sociais. Os dois foram presos no dia 9 de julho de 2017, acusados de
tortura.
Em
fevereiro de 2018, a Justiça condenou Reis à pena de três anos e
quatro meses de reclusão em regime inicial semiaberto pelos crimes
de lesão corporal gravíssima e constrangimento ilegal. Araújo, que
divulgou o vídeo, pegou três anos e onze meses de reclusão em
regime inicial fechado pelos mesmos crimes. A defesa dos dois homens
entrou com recurso e aguarda julgamento
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