A
prA proposta de orçamento para o ano de 2020, divulgada nesta
sexta-feira (30) pelo Ministério da Economia, prevê aumento do
salário mínimo dos atuais R$ 998 para R$ 1.039 a partir de janeiro
do ano que vem – com pagamento em fevereiro.
O
valor está abaixo da previsão anterior, feita em abril, de que o
salário mínimo avançaria para R$ 1.040 em 2020.
A
explicação é que o governo previu a correção do salário mínimo
do próximo ano apenas pela variação da inflação de 2019 – que,
por conta do fraco ritmo de crescimento da economia, está menor do
que a estimativa feita em abril.
A
previsão do governo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) de 2019 ficou em 4,02%. Ao prever, em abril, salário mínimo
de R$ 1.040 para o ano que vem, a previsão era de que a variação
do INPC fosse de 4,19% neste ano.
Mesmo
assim, essa será a primeira vez que o salário mínimo, que serve de
referência para mais de 45 milhões de pessoas, ficará acima da
marca de R$ 1 mil.
Sem
aumento real
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que a definição do valor do salário mínimo de 2020 com a correção somente pela inflação, sem aumento real, não representa, necessariamente, que essa será a política do governo para os próximos anos.
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que a definição do valor do salário mínimo de 2020 com a correção somente pela inflação, sem aumento real, não representa, necessariamente, que essa será a política do governo para os próximos anos.
“Esse
número não é a nossa política de salário mínimo. Temos até
dezembro desse ano para estabelecermos a política de salário
mínimo”, disse.
A
política de aumentos reais (acima da inflação) vinha sendo
implementada nos últimos anos, após ser proposta pela então
presidente Dilma Rousseff e aprovada pelo Congresso.
Os
reajustes pela inflação e variação do PIB vigoraram de 2011 a
2019, mas nem sempre o salário mínimo subiu acima da inflação.
Em
2017 e 2018, por exemplo, foi concedido o reajuste somente com base
na inflação porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) teve
retração. Por isso, para cumprir a fórmula proposta, somente a
inflação serviu de base para o aumento.
Economia
de R$ 300 milhões
Cálculo feito pelo G1 mostra que, ao propor um salário mínimo R$ 1 menor do que o estimado anteriormente, o governo vai economizar cerca de R$ 300 milhões no próximo ano.
Cálculo feito pelo G1 mostra que, ao propor um salário mínimo R$ 1 menor do que o estimado anteriormente, o governo vai economizar cerca de R$ 300 milhões no próximo ano.
Isso
porque os benefícios previdenciários não podem ser menores que o
valor do mínimo. De acordo com cálculos oficiais do governo, o
aumento de cada R$ 1 para o salário mínimo implica despesa extra
de, no mínimo, R$ 300 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário