O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou
ontem quarta-feira (12), a prisão preventiva de um funcionário que prestava
serviço no Colégio Maria Auxiliadora, escola em que a menina Beatriz Angélica
foi assassinada com 42 facadas, em dezembro de 2015, na cidade de Petrolina. O
acusado foi indiciado por falso testemunho e fraude processual. O acusado tem
até esta quinta feira (13), para se apresentar a Justiça, caso não o faça será
considerado foragido.
Em contato com o advogado do acusado, este Blog
obteve a informação que o "Alisson Henrique não quer se pronunciar e vai
aguardar o resultado do processo, e também o julgamento do recurso".
"Ele vai esperar que o recurso seja julgado.
Ele não vai se apresentar enquanto o Tribunal não julgar o recurso. O Tribunal
ainda vai marcar uma data no ano que vem", declarou Wank Medrado.
Já a delegada responsável pelas investigações do
Caso Beatriz, Polyana Nery disse que "essa [prisão] preventiva é um
recomeço para tudo".
"Nós vamos trabalhar tudo novamente para
buscar encerrar todas as linhas de investigação", ressaltou Polyanna Neri.
Ainda segundo a delegada, as imagens que foram apagadas pelo acusado Alisson
Henrique de Carvalho Cunha poderiam ajudar a elucidar o caso.
"As imagens poderiam mostrar o suspeito que
participou do homicídio. Ele circulou no colégio no ano de 2015, justamente no
dia 10 de dezembro. E essas imagens foram apagadas durante o período que ele
circulou, que era o período da noite", afirma a delegada.
Além de Alisson, a polícia apontou durante as
investigações, no ano de 2016, outros personagens, que de acordo com a perícia
que investiga a morte de Beatriz Angélica Mota aponta que "todos os
suspeitos mentiram ou caíram em contradição nos depoimentos e todos trabalhavam
na escola".
Beatriz foi morta com mais de 40 facadas no dia 10
de dezembro de 2015 durante uma festa de formatura na quadra do Colégio Nossa
Senhora Auxiliadora, um dos mais tradicionais de Petrolina.
CONFIRA
NOTA DO COLÉGIO AUXILIADORA:
"Como já nos posicionamos em outras
oportunidades, não houve manipulação de imagens pelo colégio. Não há
comprovações das acusações de que houve, por parte de funcionários, a exclusão
de imagens do circuito interno de câmeras da Instituição. Até o momento, o que
se tem são especulações a este respeito, sem comprovações ou evidências
expostas pelas autoridades policiais.
As gravações foram entregues de forma completa e em
originais à autoridade policial e uma eventual falta de imagens pode ter
decorrido da tentativa de edição/melhoramento das mesmas, quando estas imagens
encontravam-se acauteladas pela polícia. A unidade escolar disponibilizou para
a Polícia Civil 3 (três) HDs com o conteúdo integral das imagens captadas pelos
equipamentos.
Vale ressaltar também que as imagens, ora perdidas
durante o processo, foram resgatadas com o custeio do Colégio Auxiliadora e
entregues as autoridades que conduzem as investigações do Caso Beatriz. O CNSA
reitera seus esforços para contribuir com a elucidação do crime".
Redação Blog Geraldo José
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