Câmeras flagraram uma
pessoa colocando os bilhetes em residências de Sorocaba (SP) (Foto: Reprodução)
SEGUNDO MORADOR, CACHORRA DE ESTIMAÇÃO DELE E DA
VIZINHA MORRERAM INCHADAS COM UMA SEMANA DE DIFERENÇA. CASO É INVESTIGADO;
VÍDEO REGISTROU SUSPEITO.
Dois
cachorros morreram com suspeita de envenenamento em casas diferentes no bairro
Jardim Prestes de Barros, em Sorocaba (SP). A região é a mesma onde uma pessoa distribuiu bilhetescom ameaças aos
donos de animais de estimação e assinou como “Doutor Chumbinho“.
Ao G1,
um morador da rua Bayard Nóbrega de Almeida afirma que a cachorra de estimação,
a Mel, uma vira-lata que recolheu das ruas há cerca de três anos, morreu na
madrugada de sábado (2). O dono encontrou o animal sem vida e inchado no
quintal.
“Ela ficava no corredor lateral. Não
deu tempo de socorrer e achei estranho porque ela nunca teve nada”, conta o
professor universitário Márcio Roberto Rodrigues Frederico, de 56 anos.
O dono a enterrou e não suspeitou de
um suposto envenenamento até conversar com uma vizinha, na semana seguinte. Em
outra casa, na mesma rua, outro cão foi achado inchado e morto no sábado de
manhã.
“EU
ACREDITO QUE O RESPONSÁVEL POR ESSA CRUELDADE AJA DE MADRUGADA. OS DOIS CASOS
SÃO MUITO PARECIDOS”, DIZ MÁRCIO.
Segundo
morador, bilhete foi deixado na garagem de casas em bairro de Sorocaba (Foto:
Arquivo pessoal)
CUIDADOS
Os animais mortos não passaram por
exames. No entanto, segundo a veterinária Kelly Delgado, cachorros envenenados
têm hemorragia interna, que pode levar ao inchaço após a morte.
“O animal tem lesão neurológica,
hemorragia e, dependendo da hora, pode inchar. Logo que o veneno cai no
sistema, o cão tem tremores, a pupila dilata e saliva muito”, explica.
A profissional indica que o dono
deve levar o cachorro imediatamente ao veterinário para tentar salvá-lo.
“Não pode nunca dar leite. Isso
acelera a absorção e piora as chances de recuperação.”
VÍDEO
O G1 teve
acesso na quarta-feira (6) às imagens gravadas de uma pessoa que seria
responsável pela ação. No vídeo, registrado no sábado (2), uma pessoa de
moletom e capuz aparece caminhando na calçada durante a noite. O suspeito passa
de casa em casa deixando algo dentro da caixa de correspondência ou jogando
pelo vão do portão.
Ao G1,
o morador Paulo Saboia, de 38 anos, contou que um dos bilhetes foi deixado na
casa dele no fim de semana. Ele conta que a cachorra de estimação da raça Akita
e o filho dele, de dois anos, brincam no espaço onde o papel foi encontrado.
Após o episódio, o morador
questionou alguns vizinhos na Rua Paschoal Bernal Vecina e achou o mesmo recado
em outras residências, inclusive em algumas onde não vivem cachorros. Paulo
acredita que a pessoa responsável pelas ameaças não sabe em qual imóvel vivem
os cães, mas que pode se incomodar com os eventuais latidos.
“É alguém muito covarde, porque você
pensa no seu cachorro como se fosse um filho. Perdemos a liberdade dentro da
própria casa, porque não podemos deixar o animal na garagem e o filho
brincando”, diz.
Um boletim de ocorrência deve ser
registrado pela família na Polícia Civil, que apura o caso.
G1
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