Prefeito de Bariri está
preso suspeito de estuprar menina e continua na folha de pagamento da Câmara
Municipal (Foto: TV TEM/Reprodução)
CÂMARA AINDA NÃO SABE O QUE SERÁ FEITO EM RELAÇÃO
AO SALÁRIO DE PAULO HENRIQUE BARROS DE ARAÚJO. ELE FOI DESTITUÍDO DO CARGO DE
PREFEITO INTERINO, MAS AINDA CONSTA COMO VEREADOR.
Apesar
de estar preso suspeito de estuprar uma menina de 8 anos, o prefeito
afastado de Bariri (SP), Paulo Henrique Barros de Araújo, continua na folha de
pagamento da Câmara Municipal como vereador.
Ele
foi destituído do cargo de prefeito interino, que ocupava desde janeiro de
2017, por uma decisão da Câmara no dia 23 de abril, dois dias depois de ser
preso em flagrante em Bauru (SP) por estupro de vulnerável.
A Câmara também aprovou a abertura de Comissão
Processantecontra Paulo Araújo que pode terminar com a cassação do
mandato dele.
O cargo de prefeito foi ocupado
interinamente por Vagner Mateus Ferreira (PSD), que estava na presidência do
legislativo. Como Vagner assumiu a prefeitura, um suplente foi chamado para
ocupar a vaga dele na câmara, assim como outro suplente já tinha assumido a
vaga de Paulo Araújo quando ele foi chefiar o executivo.
Vagner
assumiu a prefeitura no dia 23 de abril após o prefeito interino ter sido preso
suspeito de estupro (Foto: TV TEM/Reprodução )
E com essa troca de comando, muitos questionamentos
foram levantados, entre eles como vai ficar a folha de pagamento da Câmara e na
prefeitura. Em Bariri, são onze vereadores, cada um recebe R$ 1.690,00 por mês.
Já o salário bruto do prefeito é de R$ 11.305,00, líquido, fica em R$ 8 615,64.
O
novo prefeito interino de Bariri não quis dar entrevista. A assessoria informou
que as procuradorias da Câmara e da Prefeitura estão estudando o caso.
A nota explica que Paulo Araújo
recebeu o salário de prefeito pelos 21 dias trabalhados de abril. E que a
procuradoria está analisando a manutenção ou suspensão dos salários para os
próximos meses, enquanto a comissão processante julga se ele perde ou não o
mandato.
O advogado Conrado Segalla,
especialista em direito público, explica que a suspensão de pagamento ao
ex-prefeito que foi eleito vereador só poderá ser feita caso a Câmara casse o
mandato dele.
“COMO
ELE ESTÁ AFASTADO CONTRA A SUA VONTADE, ATÉ QUE SE PROVE QUE SE PROVE A SUA
CULPA PELO PRINCÍPIO DA INOCÊNCIA EU ENTENDO QUE ELE TEM O DIREITO A RECEBER OS
SEUS VENCIMENTOS COMO VEREADOR”, EXPLICA O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE
FISCALIZAÇÃO DO PODER PÚBLICO DO OAB BAURU.
As novas eleições
para prefeito estão marcadas para o dia 3 de junho. Já a CP vai que
vai apurar o caso envolvendo o prefeito afastado e a quebra de decoro
parlamentar tem até 90 dias para encerrar os trabalhos a partir da data de
abertura.
Novas eleições estão marcadas para o
dia 3 de junho em Bariri (Foto: TV TEM/Reprodução )
ENTENDA O CASO
O
prefeito interino afastado de Bariri (SP) está preso preventivamente na
Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável consumado
pela Polícia Civil, que concluiu o inquérito na última quinta-feira,
dia 26 de abril.
O caso foi encaminhado para o
Tribunal de Justiça de São Paulo, pelo fato do Paulo Henrique ter foro
privilegiado. O G1 tentou contato com o advogado de defesa do suspeito, mas não
conseguiu localizá-lo.
Paulo Henrique foi preso em
flagrante no dia 21 de abril em Bauru (SP) após ser localizado pelos policiais
andando no Vale do Igapó, sem camisa e bastante alterado. No mesmo local, um
casal encontrou uma menina de 8 anos que contou ter sido abusada pelo suspeito.
O prefeito interino de Bariri, Paulo Henrique
Barros de Araújo foi preso por suspeita de raptar e abusar de uma menina de 8
anos (Foto: Reprodução/TV TEM )
De acordo com as investigações, o suspeito abordou
a menina por volta das 9 horas no bairro onde ela mora quando a criança voltava
de uma padaria. Segundo familiares, ele teria dito ser um policial à
paisana para convencer a menina a entrar no carro.
Imagens do circuito de segurança de um imóvel
registraram o que teria
sido a abordagem à vítima. Após ser preso, Paulo Henrique chegou a
confessar o crime, mas na audiência de custódia negou as acusações.
Imagens mostram abordagem a menina de 8 anos que teria
sido estuprada pelo prefeito de Bariri (Foto: Reprodução)
A menina passou por exames na Unidade
Pronto-atendimento no dia 21 de abril e, segundo a irmã passou
por todos os procedimentos médicos no caso de estupro. No entanto, o
laudo que vai comprovar se houve conjunção carnal sai em até 30 dias.
Além do caso de estupro em Bauru, o prefeito
afastado também é investigado em outros
dois casos de assédio contra crianças, registrados em Bariri e
Itapuí. Por causa da suspeita em Bariri, a polícia apreendeu
computadores na casa do prefeito afastado e também na Câmara.
Prefeito
de Bariri (SP) foi levado para a delegacia suspeito de raptar e estuprar menina
(Foto: Reprodução/TV TEM)
G1
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