Vídeo com imagens do 'Jornal Nacional' que circula
na internet é montagem. Deputado federal foi 'apenas' denunciado pelo crime ao
STF
Pré-candidato
à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ)
é o político que mais se beneficia com o viés positivo de notícias falsas a seu
respeito, conforme levantamento exclusivo publicado por VEJA em janeiro (confira aqui o resultado).
Nem toda fake news sobre o capitão da reserva do Exército, no entanto,
engrandece sua imagem.
Tem
circulado nas redes sociais e no WhatsApp nos últimos
dias um vídeo em que o Jornal
Nacional, da TV Globo, teria noticiado que “saiu um mandado de
prisão” contra Jair Bolsonaro pelo crime de racismo.
VEJA ABAIXO:
O
vídeo em que o apresentador William Bonner anuncia o tal mandado de prisão contra
Jair Bolsonaro não passa de uma montagem tosca
e mal feita.
Além da
perceptível mudança no tom de voz de Bonner, basta observar a diferença entre a
gravata que o jornalista exibe no primeiro plano do vídeo, lilás, e a gravata
roxa com listras brancas que ele aparece usando depois que imagens de Bolsonaro
fazem a “transição”.
Os gênios
da edição que montaram o vídeo falso sobre a prisão de Jair Bolsonaro
utilizaram trechos do telejornal no dia 13 de abril de 2018, quando a Procuradoria-Geral
da República (PGR) denunciou o deputado federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de
racismo contra negros, quilombolas e refugiados durante uma palestra no Clube
Hebraica do Rio de Janeiro, em abril de 2017. É deste assunto que os
apresentadores do Jornal Nacional estão falando a
partir dos 4 segundos do vídeo – e não de um mandado de prisão contra o
presidenciável.
Na acusação
apresentada ao Supremo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
pediu que o Bolsonaro seja considerado culpado por duas incidências de racismo,
com pena de um a três anos de prisão em regime fechado cada uma, mais o
pagamento de uma multa por danos morais coletivos, no valor indenizatório
mínimo de 400.000 reais.
No
discurso que o levou a ser denunciado, Jair Bolsonaro disse que os quilombolas
“não fazem nada, eu acho que nem pra procriador servem mais”.
Uma vez
apresentada a denúncia, cabe ao STF decidir se aceita ou não a acusação. Caso a
denúncia seja acolhida, Bolsonaro se torna réu e será julgado.
VEJA


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