Prefeito Derninal Dias foi encontrado morto com tiro na
cabeça Foto: Reprodução
O
prefeito Dernival Dias Ferreira (PSB) foi encontrado morto por volta das 5h30
desta quinta-feira (15) dentro de sua casa na cidade de Itapitanga, Sul da
Bahia. De acordo com a delegacia da cidade, Dernival tinha uma marca de tiro na
cabeça. A polícia está, desde o momento que o corpo foi encontrado, no imóvel.
Há suspeitas que o gestor tenha praticado suicídio.
No dia 11
de janeiro, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus, a Justiça
determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 2.346.431,84 do prefeito e mais 36
envolvidos em desvios de recursos de Educação e Saúde.
As
decisões referem-se a quatro ações do MPF, nas quais os acusados respondem por
irregularidades, em 2007 e 2008, no uso de verbas do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), Salário Educação, SUS (Sistema Único de Saúde), Programa
Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
As ações,
que foram ajuizadas em outubro de 2016 pelo procurador da República Tiago
Rabelo, decorrem da Operação Vassoura de Bruxa – iniciada em 2009, em atuação
conjunta do MPF, da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União.
A operação
identificou, através de interceptações telefônicas, a fraude/simulação de
licitações, o fracionamento indevido do objeto licitado, a malversação de
verbas públicas e o favorecimento ilegal a grupo de empresas “de fachada” e
empresários que atuavam ilicitamente no município de Itapitanga, situado a 353
km de Salvador, e em outros municípios baianos.
Em uma das
ações, Dernival e mais 15 envolvidos foram acusados de simular processos
licitatórios, fracionar o objeto licitado, utilizar empresas “de fachada” e
emitir notas fiscais fraudulentas para viabilizar esquema de desvio de recursos
do Fundeb e do Salário Educação, em prejuízo ao erário.
Em outras
duas ações, Dernival e mais vinte acusados tiveram seus bens bloqueados no
valor de R$ 382.130,85, correspondente ao prejuízo em virtude do mal uso de
recursos públicos provenientes do SUS.
As verbas,
repassadas pelo Fundo Nacional de Saúde, Programa de Saúde da Família e
Farmácia Básica, nos anos de 2007 e 2008, deveriam custear a aquisição de
medicamentos e materiais de uso hospitalar para uso em postos de saúde e
hospital local, além de alimentos e materiais de limpeza para secretarias do
município.
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