Câmara de Vereadores de Macururé-BA lotada em reuniões do Legislativo é
uma “coisa rara”, mas nesta última sessão foi diferente.
Por que a sessão desta última segunda-feira (30/10) lotou a Câmara de
Vereadores?
De acordo com o que foi exposto na reunião, percebe-se que o povo de
Macururé não está satisfeito com a administração do Poder Executivo.
Além disso, também espera uma posição mais enérgica do Poder Legislativo
para solucionar os problemas atuais do município. Problemas esses que atingem
principalmente às áreas da Saúde, Educação e Administração Pública, de um modo
geral.
Quais foram as principais reivindicações?
Tanto população como vereadores solicitam que o Gestor municipal resolva
ou minimize o principal problema do município atualmente, a falta de
água (ou a falta de ação da Gestão Municipal).
Segundo discursos da maioria dos vereadores, o Gestor prometeu minimizar
o problema e até agora nada ou pouco foi feito.
Palavras duras, tanto de vereadores da oposição como da situação, foram
ouvidas durante a sessão.
Outro problema citado foi a falta de transporte para a Saúde nas várias
comunidades do município.
Dos 9 vereadores, apenas o vereador Guedão não compareceu à sessão.
Abaixo, transcrevemos os trechos mais importantes dos discursos de cada
um que se pronunciou.
CONFIRA ATENTAMENTE.
O presidente da Câmara, o Sr. Tonhá, abriu a sessão e deu a palavra ao popular Jó. Confira as palavras dele:
CONFIRA ATENTAMENTE.
O presidente da Câmara, o Sr. Tonhá, abriu a sessão e deu a palavra ao popular Jó. Confira as palavras dele:
PALAVRAS DE JÓ
“Se o prefeito tá doente, ele vai ter
que se curar e depois ele retorna pra suas atividades. Agora, Macururé ficar
desse jeito, não pode!”.
“(...) Nossa cidade está descendo. E quem tem que tá vendo essas coisas
são vocês (vereadores), juntos com o prefeito. (...) A nossa esperança são
vocês (...).
Na minha caixa tinha 8 mil litros de agua, hoje não se encontra nenhuma
gota. O caminhão tá na prefeitura, mas o que se diz é assim: “pra conseguir uma
carrada de água, vai ter que botar o óleo”, não sei se é verdade, não aconteceu
comigo. Então vereadores, não estamos aqui cobrando que vocês façam tudo, mas
digam ao prefeito que venha aqui (na Câmara). Ele fala em um “rombo” (...), Por
que não vem dizer ao povo quem deixou o rombo? Então, é medo? (...).
Todo mundo fala o prefeito tá sem condições, “o prefeito tá doente”.
Então, se o prefeito tá doente, ele vai ter que se curar e depois ele retorna
pra suas atividades, agora, Macururé ficar desse jeito, não pode!.
(...) Não queremos mudança de gestor, nós queremos prefeito atuando,
entendeu?
(...) Toda semana se demite funcionário da prefeitura, o povo passando
fome e ninguém vem aqui pra dizer uma solução. (...)
Agora vereadores, vocês tenham a certeza que nós vamos cobrar de vocês.
Se o prefeito tiver doente, o direito dele é de se tratar, não venha ao
serviço. Mas esculambar, dizer que o prefeito é isso, aquilo ou outro,
nós devemos respeitar o prefeito, mas o ele tem que respeitar o povo, porque o
povo foi quem botou ele pra administrar a nossa cidade, ele é pago pra
trabalhar para o povo, assim como eu e todo funcionário público somos”.
Na sequência, a professora e ex-vereadora Célia foi convidada a se
pronunciar: Leia:
EX-VEREADORA CÉLIA
“Estou solicitando dos vereadores, que façam com que o gestor cumpra a
lei aprovada aqui”
“Eu vim aqui em nome da Educação. A primeira coisa que eu vou solicitar
dos vereadores, é o cumprimento do PME (Plano Municipal de Educação) que foi
aprovado em 2015 aqui nesta casa e foi dado prazo de dois anos pra colocar o
plano de cargos e salários, que venceu em junho deste ano.
Estou solicitando dos vereadores, que façam com que o gestor cumpra a
lei aprovada aqui. E também a meta 18 e a meta 19 que é eleição pra diretores e
diretoras do município. (...)”.
VEREADOR FÁBIO MAIA
“Existem os princípios constitucionais
que o prefeito tem que obedecer na administração pública. Ele não obedece
porque ele não tem interesse”.
Fábio Maia, no início de sua fala, mencionou sobre o apelo que foi feito
por ele e pelo vereador Jonas em relação à presença da população às sessões
ordinárias desta casa e cobra a presença da população para que aconteça o
acompanhamento, o conhecimento da postura e posicionamento de cada vereador.
Citou que nas últimas reuniões, poucas pessoas participaram.
Dando continuidade em seu discurso, o vereador disse o seguinte:
“Senhores, esta casa tem sempre se pronunciado a favor do povo. (...)
Aqui o presidente Tonhá e os demais vereadores sabem muito bem que foi votado,
há 45 dias, um requerimento pedindo esclarecimento do prefeito em relação ao
cumprimento do PME e que nesse requerimento, de minha autoria, eu mencionei
muito bem o vencimento desta lei municipal. Com certeza o presidente encaminhou
ao Executivo e ele certamente já sabe que esse prazo expirou no mês de junho,
inclusive, o prefeito, na época vereador, fez parte da elaboração como
representante do Poder Legislativo no projeto do Plano Municipal de Educação.
Então ele sabe e conhece muito bem o funcionamento e dever de cumprir este
plano.
Na sessão passada, todos os vereadores passaram a situação do município
e, na verdade, é uma coisa que vem nos cansando.
O prefeito esteve nesta casa, colocou a situação do município e disse
que se encontra de mãos atadas por não ter recurso suficiente. Mas o que
reivindicamos aqui, na presença do senhor, prefeito não aconteceu.
Reivindicamos que o prefeito providenciasse uma alternativa pra amenizar
essa escassez de água que assola o município, especialmente carro pipa. Na
época ele disse que colocaria carros pipas nas ruas, colocaria carros pipas na
zona rural em numero, talvez irrelevante, mas que colocaria, o problema é que
não colocou um se quer.
Presenciamos, na semana passada, o único caminhão que o município
dispõe, o caminhão do PAC, este fazendo rodízio em seus pneus, ou seja,
retirando os pneus do caminhão do PAC, repassando à caçamba do PAC, em seguida
repassando ao ônibus do FNDE, o que mais uma vez caracteriza uma falta de
interesse, não vou dizer descaso, mas falta de interesse. Pois se não tem
condições de trabalhar, trabalha com o que tem. Ficou acordado que esse
caminhão do PAC deveria abastecer, no mínimo, as escolas e hospital da cidade.
Se constatou que as escolas tiveram suas aulas interrompidas, teve dias de não
funcionar em seu turno normal, funcionaram por meio turno. Isso é uma
interrupição, isso é prejuízo. A educação é um serviço de maior importância,
pois prepara as pessoas, dar conhecimento até mesmo para tomar as decisões junto
à sociedade. (...)
Em relação à Saúde, solicitamos ao senhor prefeito que retome os
veículos que foram retirados de algumas localidades. (...)
O prefeito disse que iria providenciar, mas não aconteceu.
Hoje vocês estão vendo o vereador que busca e é melhor que vejam mesmo,
mas é preciso entender o papel constitucional do vereador que é legislar, votar
projetos, votar proposições que enseja projeto em beneficio à população, e,
acima de tudo, reivindicar melhorias para o município, fiscalizar, se não, não
necessitaria de vereador. (...)
Eu posso, todos nós vereadores, cada um levar uma demanda ao Ministério
Público sobre o descaso no município, sobre a falta de empenho do prefeito ou,
todos de forma coletiva(...). Eu fiz isso nos 4 anos da gestão da prefeita
Silma e ela sabia dos problemas, sabia das obrigações a fazer, só que com a
consultoria jurídica, ela sempre se defendia e sempre ganhava tempo. O que
quero dizer com isso, senhores, não é que eu baixo a cabeça não, eu não tenho
medo, quem mais denuncia sou eu. (...)
Se o prefeito quisesse fazer, não precisávamos estar aqui questionando.
Ele sabe o seu dever. Existem os princípios constitucionais que o prefeito tem
que obedecer na administração pública. Ele não obedece porque ele não tem
interesse. (...)
Ele foi eleito, legitimado, eu não posso chegar do nada e tirar o
prefeito. Eu não posso iludir vocês que eu posso fazer isso. A Câmara sim
poderia, mas cada vereador tem uma cabeça. (...) Mas pra isso acontecer, é
necessário um trâmite legal, é necessário uma motivação e nem tudo é do jeito
que que a gente pensa, existe meios legais.
Não vou iludir que eu vou cassar o prefeito Everaldo, não vou iludir.
O que eu tenho que fazer é a minha parte como vereador, é mostrar ao
Ministério Público que a situação de Macururé tem que ser dada um basta. (...)
O promotor tem que viabilizar o andamento desta, é com ele.
(...) Eu ajo de forma prudente, com consciência. Minha posição é a favor
de Macururé, quero o melhor para Macururé”.
Na sequência, foi dado espaço aos vereadores. O vereador Anderson falou
sobre a participação do povo nas reuniões e fez outras observações. Confira:
VEREADOR ANDERSON
“Eu seria hipócrita em fechar meus olhos e dizer que a situação tá boa,
por que eu vou dizer que a situação tá boa? Não tá”.
“Quando a gente é eleito pelo povo, vereador nenhum é oposição ou
situação, o vereador é do povo, o vereador é de vocês. (...) Acabou essa
questão de que o vereador tem que defender um partido, eu seria aqui hipócrita
em fechar meus olhos e dizer que a situação tá boa, por que eu vou dizer que a
situação tá boa? Não tá.
Agora, o que a gente procura é soluções. Eu não vou chegar aqui e meter
o pau no prefeito, fazer isso, fazer aquilo não. Também não posso fechar meus
olhos. Eu sou do povo, fui eleito pelo povo e o que depender de mim, que seja
certo, e o que eu puder fazer, vocês podem contar comigo”.
Vereador Clotildes
“E se o prefeito não tem condições de administrar o município, deve
renunciar”.
“(...) Andando pela zona rural do município, o que a gente mais houve é
reclamação, é sofrimento, e o povo perguntando se Macururé tem prefeito.
Quero dizer que não tenho nada contra a pessoa do Senhor Everaldo, o
qual fui colega de legenda e colega dessa casa, onde sempre tive uma boa
amizade. Mas ele está dentro da prefeitura, ele está dentro do que é do povo de
Macururé, e eu não consigo entender quando se diz que o município passa por um
momento de dificuldade e que apenas se dar prioridade.
Eu não consigo entender,
vendo o sofrimento de nossa população, do homem, do campo, daquele que pra
sobreviver tem que se desfazer do seu caprino, que no momento é difícil, tem
que se desfazer pra botar sua água. Essas pessoas estão dando prioridade é a
uma carrada d’água.
Fazendo campanha, no período eleitoral, cheguei a muitas residências e
muitos cidadãos diziam que votavam no prefeito que botasse a sua água, que é um
direito deles. Por aí se percebe que o cidadão lá da zona rural dá prioridade à
sua água.
A gente tem sofrido. Eu não vou dizer que a gente tem comido o pão que o
diabo amassou pra não dá ousadia ao satanás. Mas talvez os vereadores tenham
sofrido mais do que vocês, caros amigos, porque quando o cidadão sai de sua
casa pra procurar um vereador, ele acha que o vereador tem uma fonte de
recurso, ele não vai analisar que o vereador recebe R$ 3.500,00 (...), como é
que dá pra gente atender o município? (...)
O desgaste é tão grande (...). Até hoje eu não tenho uma residência pra
morar, até hoje não tenho um transporte, com três mandatos de vereador. Mas o
senhor prefeito não tá tirando do salário dele pra fazer o bom governante não
(...).
É triste a situação. Quando se trata de saúde, (...) não tem um
transporte pra tirar doente. Tem que ver essa realidade!.
Agora, se for pra marcar audiência com o Ministério Público (...) eu
também vou.
Vamos sentar aqui os 8 vereadores e vamos solicitar pra que se possa
tomar uma providência? (...)
5 alunos do ensino fundamental estão sem transporte escolar. Isso é
falta de recurso? Sabe o que acontece? É falta de vontade.
E se o prefeito não tem condições de administrar o município, deve
renunciar.
É triste se ver investimentos que fizeram na Avenida ACM, nas praças, a
grama morreu. Tanta propaganda que se fez, foi dinheiro jogado na lama (...).
Sabemos que moramos no Nordeste, na região semiárida, mais seca do nosso
país. Mas por que tem jeito pros outros municípios? Talvez seja a única cidade
(Macururé) que tem os canos, mas não tem a água.
VEREADOR ADEMIR
“O povo não é o culpado disso e nem
deve pagar por isso”
“(...) Se o prefeito alega que o município está passando por isso, por
aquilo, mas o povo não é o culpado disso e nem deve pagar por isso, pois pra
isso tem o recurso.
É uma vergonha essa questão da água. Tive conhecimento hoje do caminhão
do PAC 2, pessoas dando óleo. Isso é uma vergonha!.
Tive conhecimento do carro da saúde que vai pra Salvador, o pessoal
fazendo cotinha. Isso é um absurdo!
Digo mais uma vez pra vocês que estou pronto pra lutar junto com vocês.
Tenho lutado. Falamos com o prefeito aqui, quando o encontrei na frente da
câmara, falei novamente e ele não tá nem aí.
Mas estamos tomando as devidas providências. Então, peço a união dos
nobres colegas, juntamente com o nosso povo pra gente ver se tem como
solucionar esse problema, porque Macururé tem jeito sim. (...)”
VEREADOR INÁCIO
“Tenho certeza que o prefeito Everaldo ainda vai fazer o máximo por
Macururé, isso o tempo dirá para nós”.
“Todo ser humano já nasce com a capacidade de reivindicar. A partir do
momento que a criança nasce, já traz essa capacidade de reivindicar os seus
direitos. Assim como toda população de Macururé está fazendo de forma passiva e
respeitosa.
(...) Na sessão passada eu abordei assuntos, através de insatisfações
que me fizeram. Alguém até comentou que eu estava falando mal do prefeito. Não,
de forma alguma, eu sempre estou reivindicando em favor do povo (...).
A minha vontade é que o gestor tivesse tendo a possibilidade de fazer o
melhor pra Macururé, porque com certeza, o nome dele estaria estampado em todos
os confins de Macururé. Isso é minha vontade.
(...) Eu não sou pessimista. Tenho certeza que o prefeito Everaldo ainda
vai fazer o máximo por Macururé, isso o tempo dirá para nós”.
VEREADOR ROMILDON
“Acredito eu, que se as coisas não começarem a andar, nós dessa Casa,
juntamente com o povo, teremos que tomar uma posição”.
“(...) A situação que o município se encontra hoje, realmente é uma
situação desagradável.
É muito triste, quando eu saio pela zona rural, nas comunidades onde
represento, vejo as pessoas sofrendo, algumas famílias passando cede, outras
passando fome, porque deixam de comprar o alimento pra comprar água.
Nós vereadores, no início, cobramos ações do Poder Executivo, mas o que
se houve é não, “não tem dinheiro, não tem recurso”.
Em relação à Saúde, também está sendo um caos, posso dizer assim. (...).
Começo pelos PSF’s. falando sobre o PSF de Formosa. O colega vereador Ademir
citou aqui, lá realmente tem uma sala odontológica com os equipamentos e, em
relação a indicação do vereador Ademir, até se iniciou o trabalho com a
colocação da caixa, colocação do compressor, mas ali foi iniciativa da
população, foi eu, juntamente com o vice-prefeito, e outras pessoas da
comunidade e o que falta lá pra funcionar, é o básico e a Secretaria de Saúde
pode agilizar. Infelizmente, o povo daquela comunidade quando precisa de
serviço odontológico, às vezes se desloca pra cá (Macururé) ou Euclides da
Cunha, Canudos e gasta o dinheiro, numa crise dessas.
Eu acho que o nosso gestor não está sabendo gerir o recurso público. Ou
se tá deixando alguém administrar no lugar dele, pelo amor de Deus, porque nós
votamos nele, eu votei nele, o povo votou nele (...)
Eu lembro muito bem, quando estávamos nas pré-candidaturas, o nosso
gestor, na época vereador, se dizia ele o mais preparado de todos e sabia toda
a situação que o município se encontrava (...). Mas hoje, infelizmente, a gente
ver acontecer o contrário e o povo está sofrendo. Nós vereadores também estamos
sofrendo as consequências disso.
Na semana passada eu tive que desembolsar 8 carradas d’água e quando
estava lá em casa chegou mais 5 cobranças de carradas de água. Eu não vou
deixar o cidadão passar cede, que seus filhos passarem cede, eu faço isso
porque também sou roceiro, eu moro na roça e sei o que é isso. Na minha fazenda
hoje tem água, mas eu já passei por isso, eu sei o que é acordar de manhã e não
ter uma gota de água pra fazer o café e não ter uma gota de água pra dar ao
cabrito que é do que você vive.
Voltando a questão da Saúde, eu só vejo aqui, se não me engano, no
Salgado do Melão, hoje, tem um carro rodando ainda e na Formosa tem o carro
rodando, porque roda de graça, o carro da associação. O município fornecia 40
litros de gasolina por semana, passou pra 25 e, Há uns dois meses, foram
cortados. (...)
Vamos ter fé em Deus e esperar pelos próximos capítulos. (...)
Acredito eu, que se as coisas não começarem a andar, nós dessa Casa,
juntamente com o povo, teremos que tomar uma posição”.
VEREADOR JONAS (GATO)
“Senhor prefeito, se acorde, levante,
sacuda a poeira, o município está com recurso e vamos trabalhar”
O assunto está aí, a água. (...)
Eu passei 4 dias na zona rural, tentando dar uma alívio pra aqueles que
mais estão sofrendo.
É chato você chegar na casa de uma mãe de família e uma criança não ter
ido pra escola porque não tem água pra tomar banho ou nem pra fazer o café. O
problema está nos quatro cantos do município.
A região do São Francisco está numa situação de dar dó. É calamidade
mesmo. (...) Uma carrada de água custa R$ 250,00 pra pegar água no Icó ou no
poço da Serra. Eles lá têm reservatórios pra armazenar a água, já a nossa sede,
além da grande falta de água, o nosso povo não tem reservatório, alguns têm
reservatórios de quinhentos, mil ou dois mil litros, é muito pouco.
Cobramos sim do prefeito, estamos cobrando diariamente, mas diz que não
pode, que não tem recurso. (...)
Fui, juntamente com o vereador Romildon, até o deputado José Nunes falar
da situação, para que o deputado conseguisse, via Federal ou Estadual, recursos
(...). O nobre deputado conseguiu recurso que está aí pra sair R$ 60.000,00,
isso há mais de 1 mês. (...)
Nós estamos cobrando, não estamos aqui de braços cruzados não. Agora é o
seguinte, se a cobrança feita aqui pessoalmente na Câmara não está avançando,
vamos procurar sim outros meios legais. Vamos fazer isso!
Agora, população de Macururé, ainda não ouvi falar se teve nenhuma
queixa no Ministério Público contra essa questão partindo da sociedade
macurureense. (...)
Pergunta de Elaine
O que está acontecendo? Porque só diz que não tem dinheiro, nenhum conto
na prefeitura, e a única coisa que está funcionando, mesmo mal, é a saúde e a
educação. E o que é que está acontecendo? Não cabe a vocês vereadores saberem
de onde vem esse rombo? Que rombo é esse? (...)
Resposta de Gato
Essa questão de INSS, José Augusto negociou com o INSS e administrou por
4 anos; a ex-prefeita Silma pegou o mesmo rombo negociou e administrou; falta
Everaldo negociar com o INSS e administrar. (...).
(...) Que seja feito pelo menos o básico, porque não adianta você querer
inventar (...). Não entre na prefeitura achando que você vai ser o rei dos
reis, pois não vai. É um município pobre (...), mas pelo menos faça o básico,
pelo menos a Saúde, dê Educação, uma assistência com água. (...)
O prefeito prometeu colocar um carro pipa na cidade pra garantir água
para os que mais precisarem, ele nos garantiu, mas infelizmente não aconteceu.
Pergunta de Célia
(...) Na última vinda aqui, ele (gestor) prometeu, mas não fez nada.
Então, eu gostaria de saber qual é a atitude da Câmara com relação às repostas
que não foram dadas, que não aconteceram? Eu gostaria de saber qual o
posicionamento, hoje, da Câmara depois do não acontecido do que o prefeito
falou aqui?
Resposta do presidente Tonhá
Nós vereadores vamos fazer o ofício (...) e avisarei à população. (...)
O prefeito vai ter a oportunidade de explicar (...), como foi esse
negócio, já é uma peça muito importante à Justiça.
Célia
Todo mundo aqui tá falando de água. Você acha que o povo vai suportar
marcar outra reunião pra ele dizer tudo o que ele já disse aqui?
Quando eu falei da educação, é o único lugar que eu tenho certeza que
tem dinheiro suficiente e temos como provar. Qualquer um pode entrar no BB
Repasses e pegar todo extrato bancário que entra na Educação.
Agora, eu acho que é dá moleza de mais. O povo tá cansado. Quanto tempo
Macururé está sem água, gente? Pra dar outra oportunidade pra ele dizer que vai
botar X carradas de água e todo mundo agora aceitar de novo ele vir à Câmara?
Gente, o posicionamento que tem que se tomar, tem que ser como eu
tomava, que hoje tá chegando denúncia do Ministério Público Federal, da CGU, eu
fiz isso e muito, e você sabe que o TCM chegou aqui em junho e olhe que era
muita denúncia pesada.
Então, eu acho, que a população, juntamente com a Câmara, sim, se não
vai a Chorrochó, traz o Ministério Público aqui e todo mundo vai tá aqui. É só
marcar. Agora, dar mais outra chance ao prefeito? O povo com cede. Isso não é
justo!
VEREADOR TONHÁ
(...) Ele vai ter que se explicar, é isso. Essas coisas não se resolvem assim. Ele vai vim aqui e vai dizer, vai responder as perguntas de vocês.
Vereador Gato
Acho que agora a gestão municipal está saindo da zona de conforto. Antes
eram 4 ou 5 vereadores cobrando, depois passou a ser 9, agora é a população
toda.
(...) Eu não estou contra ninguém, eu só estou a favor do povo. O povo
que me elegeu.
(...) Não estou aqui detonando ou dizendo que estou contra ao meu grupo
político, de forma nenhuma, só não estou aceitando o que está acontecendo
dentro do meu município. É triste! (...)
Eu num sou nenhum cara de pau pra chegar aqui e dizer que tá tudo ótimo,
que tá tudo bonito. Não está.
Senhor prefeito, se acorde, levante, sacuda a poeira, o município está
com recurso e vamos trabalhar. (...)
E agora?
Diante dessa evidente pressão, o prefeito Everaldo terá espaço em sessão
na Câmara, a ser marcada, para esclarecer todas as indagações da população:
·
De onde vem o “rombo” existente nas contas da
Prefeitura?
·
Por que não tem recurso, se alguns vereadores afirmam
que tem?
·
Onde estão sendo aplicados os recursos já
adquiridos?
·
Por que a prefeitura não conseguiu cumprir os
acordos feitos com os vereadores, em relação ao abastecimento de água?
Os Porquês são muitos e percebe-se que a população quer respostas e
principalmente atitudes urgentes.
Como disse o vereador Romildon, vamos ter fé em Deus e esperar pelos
próximos capítulos.
O site Portal Formosa assim como o Blogger “Beira Rio Notícias” estão à
disposição do prefeito municipal, de todos os vereadores, tanto situação como
oposição, e também à disposição de todos aqueles que queiram se
expressar/manifestar em relação a atual crise do município de Macururé-BA.











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