Os donos da JBS vão entregar extratos e explicar em
detalhes, nos documentos que estão entregando ao Ministério Público Federal,
depósitos feitos nas contas que atribuíram ao ex-presidente Lula e a
ex-presidente Dilma Rousseff no exterior, segundo a colunista da Folha, Mônica
Bêrgamo.
A publicação detalha que as contas foram abertas em
nome de uma offshore controlada por Joesley Batista, da JBS. Ele diz que,
quando fazia negócio com o governo, depositava propina de cerca de 4%, primeiro
numa conta "de Lula", no governo dele, e depois numa conta "de
Dilma". O dinheiro ficaria reservado para o PT. O empresário afirma que
mostrava os extratos para o então ministro Guido Mantega.
Ainda de acordo com o colunista, cada vez que dava
dinheiro para campanhas do PT no Brasil, Joesley diz que abatia contabilmente
da poupança do exterior. No fim das contas, o PT gastou tudo o que tinha
direito, afirma. E Joesley usou o saldo no exterior para comprar um apartamento
em NY, dois barcos e até mesmo para pagar a festa de seu casamento, em 2012.
O ex-ministro Guido Mantega afirma que nunca
negociou a doação de recursos irregulares com o empresário Joesley Batista.
Lula e Dilma afirmam que jamais ouviram falar da tal conta.
- Os advogados do grupo J&F entregaram
nesta quinta-feira, 31, os anexos complementares da delação feita pelos
executivos da empresa. Há entre os novos anexos repassados à Procuradoria-Geral
da República a explicação de como deve ser feita a leitura de planilha entregue
pelo diretor Ricardo Saud, que indica doações da JBS a mais de 1,8 mil políticos.
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