O
Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta sexta-feira (2), nas alegações
finais do processo que investiga o ex-presidente Lula por supostamente ter
recebido propina no caso do tríplex do Guarujá, que ele e outros seis réus
sejam condenados pelos crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público Federal ainda requereu que o petista seja condenado a pagar R$ 87 milhões em
multa. Para o órgão, as penas devem ser cumpridas em regime fechado. O órgão
sustenta que o apartamento seria entregue a Lula, como contrapartida por
contratos que a OAS fechou com a Petrobras, nos anos em que o político foi
presidente da República. Na denúncia, está também o pagamento que a OAS fez à
transportadora Granero, para que a empresa fizesse a guarda de parte do acervo
que o ex-presidente recebeu ao deixar o cargo. Um dos réus no processo é o
ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, e outros executivos da construtora.
O Ministério Público Federal pediu também que as penas Léo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo
Gordilho, apesar de serem cumpridas inicialmente em regime fechado, devem ser
reduzidas pela metade porque eles confessaram os crimes em depoimentos e
prestaram esclarecimentos sobre a participação dos criminosos. No pedido, o MPF
também quer que Moro determine a apreensão de R$ 87.624.971,26. O valor é
correspondente ao montante de propinas que foram pagas nos contratos que a OAS
firmou junto à Petrobras a agentes públicos. Desse montante, Lula teria
recebido um total de pouco mais de R$ 3 milhões. As defesas têm até 20 de junho
para contestar os argumentos do MPF, dentro do processo.
Esta é a última fase
da ação penal. Após todas as partes apresentarem as alegações finais, o
processo volta ao juiz Sérgio Moro, que vai definir se condena ou absolve os
réus.
BAHIA NOTÍCIAS
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