O senador Fernando Collor (PTB-AL) resolveu se utilizar de uma tática
pouco ortodoxa para se livrar das investigações que o colocam como um dos
personagens dos esquemas de corrupção na Petrobras, objetos de apuração pela
Operação Lava Jato. Sem obter sucesso na tentativa de impedir o avanço das
averiguações, Collor resolveu recorrer a entidades do outro plano para
conseguir a proteção desejada.
Na última vez em que esteve em sua casa, em
julho, a PF encontrou um "despacho" endereçado ao procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, e Fábio George da Silva, considerado homem-forte de
Janot no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). De acordo com a coluna
de Lauro Jardim, em uma mesa, os agentes encontraram os rostos de Janot e
George contidos em um círculo feito a caneta. Junto às fotografias, os nomes de
vários orixás: Iemanjá, Oxalá, Ogum, entre outros. Collor é alvo de denúncia
encaminhada por Janot ao Supremo Tribunal Federal em agosto deste ano. O
senador já deu demonstrações públicas de que não é muito afeiçoado ao
procurador-geral. Em uma ocasião, Collor chamou
Janot de "filho da p*ta" e,
em outra, de "figura
fascista" e "tosca".
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