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A
Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) autorizou nesta
quarta-feira (21) a liberação de R$ 529 mil para iniciar ações de apoio aos
municípios localizados às margens do Lago de Sobradinho, no Vale do São
Francisco, maior reservatório do Nordeste, que está com 5,59% de seu volume
útil, com previsão de chegar ao volume morto no final de novembro. Os recursos
poderão ser utilizados para aquisição de equipamentos, identificação de pontos
de captação de água e intervenções emergenciais em pequenos sistemas de
abastecimento nas sedes e distritos da região. A pasta já fez o diagnóstico
emergencial nas cidades de Barra, Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Casa Nova,
Curaçá, Juazeiro, Paratinga, Pilão Arcado, Rodelas, Remanso, Sento Sé, Serra do
Ramalho, Sítio do Mato, Sobradinho e Xique-Xique. De acordo com o governo do
Estado, quando o nível da barragem alcançar o volume morto, terá disponível
5,45 bilhões de metros cúbicos, suficiente para garantir o abastecimento de
água para consumo humano por mais 3 meses, até o retorno do período de chuvas.
“Porém, a antecipação das ações, o planejamento e o mapeamento das áreas
críticas é fundamental para diminuir os conflitos pelo uso da água, trazendo
segurança hídrica e qualidade de vida para a população”, destacou Cássio
Peixoto, titular da SIHS. O secretário ressaltou que o volume morto prospectado
é considerado apenas para geração de energia, “uma vez que a água ainda poderá
ser captada nas margens do lago e ser utilizada para a manutenção da vazão do
rio a jusante da barragem [depois do lago, no sentido da foz]”. A SIHS, em
articulação com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Empresa Baiana de
Águas e Saneamento (Embasa), da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento
da Bahia (Cerb), do Consórcio Sertão do São Francisco e do Comitê de
Convivência com o Semiárido, pretende diminuir os impactos da estiagem nos 135
municípios em situação de emergência por causa da seca. “Nosso foco é o
abastecimento humano, mas não podemos descuidar da agropecuária e da
agricultura familiar que também precisam de água para a produção”, avaliou o
secretário da SIHS, Cássio Peixoto. No Oeste e em outras regiões do estado, a
pasta está identificando os povoados e sedes com áreas vulneráveis,
acompanhando as perspectivas de chuvas e fazendo entregas de sistemas de
abastecimento de água.
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