Já diz o ditado: quem com porcos se junta; farelo come!
Vivendo a mais grave
crise de sua história, com o desgaste da presidente Dilma Rousseff, problemas
econômicos e as acusações de corrupção apuradas na Operação Lava Jato, o PT já
perdeu 11% dos prefeitos que elegeu em 2012, de acordo com informações
divulgadas pela Folha. Dos 619 petistas vencedores das últimas eleições
municipais em todo o país, 69 haviam deixado a legenda até este mês, segundo o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na
Bahia, 92 foram eleitos pelo PT e dois deixaram o partido. O movimento é mais
forte em São Paulo, onde o partido perdeu 20 de 73 prefeitos. No Nordeste, viu
a saída do único prefeito de capital que tinha (Luciano Cartaxo, de João
Pessoa). As principais baixas foram nas regiões Sul e Sudeste - exceção feita
ao Rio Grande do Sul, onde o partido manteve os 71 eleitos em 2012.
O
presidente do PT-RS, Ary Vanazzi, credita o feito ao nível de engajamento e
debate político do partido no Estado. "Os prefeitos e militantes ficam
confortáveis porque abrimos o debate e temos uma postura crítica em relação aos
erros do partido e do governo federal", afirma.
De
acordo com o jornal, o cientista político e professor da Universidade Federal
da Bahia (UFBA), Jorge Almeida vê a saída de prefeitos como resultado de dois
fatores: a crise de imagem do PT e a busca pelo respaldo de um aliado no campo
estadual. "Nas cidades pequenas, sobretudo, os prefeitos migram para partidos
da base do governador em busca de obras e recursos estaduais. A crise do PT
potencializou esse movimento", afirma.
A
maioria dos prefeitos que deixaram o partido é do grupo de considerados
"cristãos-novos" -vários deles filiados durante o período de maior
popularidade do ex-presidente Lula. "Muitos foram para o PT sem identidade
ideológica e agora estão saindo na primeira crise", diz Almeida.
Ainda
de acordo com a publicação, a migração de prefeitos entre os partidos políticos
é normal, avalia o secretário nacional de organização do PT, Florisvaldo Souza.
"Prefeitos saem de todos os partidos. Essa migração é normal,
principalmente no período pré-eleição", disse. Ele acrescentou que cerca
de 30 prefeitos de Minas Gerais, Bahia, Piauí e Ceará podem se filiar à sigla
nos próximos meses.
Redação Bocão News
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