Por Agência Brasil
Para evitar fraudes no Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem), a Polícia Federal (PF) fez, este ano, um cruzamento de dados
tanto dos candidatos quanto dos fiscais que vão acompanhar a aplicação das
provas. Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra,
nos dias do exame – 24 e 25 de outubro –, equipes de inteligência vão trabalhar
em conjunto. “Fizemos o cruzamento de dados em várias bases construídas e foi
possível indicar alguns pontos críticos e de risco, que a Polícia Federal já está
tratando com ações preventivas e, se necessário, repressivas”, disse ele, sem
especificar quais são esses pontos críticos.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse
que os procedimentos de segurança do Enem estão sendo aprimorados a cada ano para
garantir o respeito àqueles que farão o exame. “Temos que ficar atentos porque
o exame tem que respeitar o mérito. A pessoa que estudou e fez um bom exame tem
o direito de ter aquela nota e ninguém pode burlar isso. O respeito ao
participante também é questão de segurança, então há muito rigor nessa parte”,
disse.
Segundo Mercadante, todos candidatos terão que
passar pelo detector de metais, inclusive nos banheiros, para evitar o uso do
celular. Também haverá o monitoramento das redes sociais para identificar
perfis de pessoas que eventualmente postarem fotos das provas. “O edital é
muito claro, qualquer fraude anula a prova a qualquer tempo. Então mesmo, que o
candidato faça a prova, se identificarmos qualquer fraude, ela será anulada,
além das medidas penais que a legislação prevê”, disse o ministro.
Nos dias das provas do Enem, os portões serão
fechados às 13h, no horário de Brasília. Às 13h30, os malotes com as provas
deverão abertos. Nove mil servidores federais certificados farão o controle da
segurança de todo o processo da prova. A equipe total de aplicação, entre
coordenadores, chefes, fiscais e apoio, soma 915.290 pessoas. Serão 211.980
salas de aplicação em 14.455 locais
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